Vá lá que o Pat Metheny não seja um
cara que se preocupa em agradar o público, mas também não precisava exagerar,
porque ontem em apresentação no parque Ibirapuera ele ficou no palco com seu
novo grupo Unit Band por quase duas horas e não tocou nem um mísero acorde de
trabalhos anteriores que nos embalava nos anos 80/90... Limitou-se à
setlist de sua última turnê, sem fazer nenhuma concessão ao público ansioso
para ouvir Last train home, American garage, Airstream... NADA! Claro que ele continua virtuoso, criativo,
denso e incrivelmente técnico, afinal é um dos poucos músicos que alcançaram a marca de 20 prêmios
Grammy na carreira, porém não precisava ficar assim tão “autista” em relação
aos fãs, penso eu. Sei lá!? Pode
ser só nostalgia mas senti falta do Lyle Mays na banda. Ele esbanjou técnica,
ousadia e interplays na performance, mas chegou ao fim sem
emocionar o público que foi embora com aquela sensação de incompletude,
sabe? Algo como ir a um show do Roberto Carlos ou Ozzy Osbourne e não
ouvir nenhuma música conhecida.
O repertório escolhido funciona
maravilhosamente num anfiteatro onde toda a virtuose pode ser visualizada/acompanhada
de perto mas, no parque com milhares de pessoas, o ambiente dispersivo não favoreceu
e é alí que encaixaria bem uns “sons” mais sincopados-amigáveis...
Na saída,
encontrei tantos amigos e músicos conhecidos que externaram a mesma sensação,
ou seja, embora a apresentação tenha sido impecável, não emocionou! E ficamos ali na marquise entre goles, conjecturando,
que mal faria temperar o espetáculo com umas três músicas do inesquecível Pat
Metheny Group !?
Um comentário:
Rick, que bom que vc voltou a postar! Fico feliz cada vez que vejo alguém que tem boas idéias e sabe colocá-las no papel...quer dizer, sei lá...
Sobre o Pat Metheny e sua Unity Band eu gostei e sim, fiquei emocionada de ver o virtuosismo do cara, o feeling arrebatador de cada um dos instrumentos.
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