quinta-feira, 26 de junho de 2008
O Elogio à Preguiça - Parte II
Estudiosa defende a preguiça como estratégia de resistência
Enviado por Kênia
Saiu na Gazeta Mercantil: Scarlett Marton, conceituada professora de Filosofia Contemporânea da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, defende a preguiça como estratégia de resistência...
Matéria completa pode ser lida aqui.
Quem tiver outras contribuições, é so me enviar (qualosentidodavida@yahoo.com) Acho muito bacana ampliar
a mesa.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
O Elogio à Preguiça - Parte I
Reflexão sobre o "trabalho"
Logo depois de pecarem, o todo poderoso expulsou Adão e Eva do paraíso e os condenou a viverem do “suor de seus rostos.” Essa sentença por si só excruciante, foi exponenciada pelo homem moderno até o ponto de exaurir a terra envenenar mares e rios num ridículo frenesi de consumo e sofrimento (conforme o caso) de tal ordem, que atualmente parece encaminhar o mundo para um abismo... Sim porque segundo dizem, só na china existem 1,325,851,888 pessoas esperando a chance de adquirir seu automóvel... e ainda tem a India o Brasil etc...
Mas voltando, eu ia dizer que, para aqueles que estão mais intessados em usufruir e compreender a existência e suas implicações imediatas do que adquirir o ultimo modelito Louis Vuitton, aqui vai uma dica: “O Direito à Preguiça”, de Paul Lafargue , está á disposição gratuitamente aqui.
Abaixo segue, um aperitivo:
"Uma estranha loucura se apossou das classes operárias das nações onde reina a civilização capitalista. Esta loucura arrasta consigo misérias individuais e sociais que há dois séculos torturam a triste humanidade.
Esta loucura é o amor ao trabalho, a paixão moribunda do trabalho, levado até ao esgotamento das forças vitais do indivíduo e da sua progenitora. Em vez de reagir contra esta aberração mental, os padres, os economistas, os moralistas sacrossantificaram o trabalho.
Homens cegos e limitados, quiseram ser mais sábios do que o seu Deus; homens fracos e desprezíveis, quiseram reabilitar aquilo que o seu Deus amaldiçoara. Eu, que não confesso ser cristão, economista e moralista, recuso admitir os seus juízos como os do seu Deus; recuso admitir os sermões da sua moral religiosa, econômica, livre-pensadora, face às terríveis conseqüências do trabalho na sociedade capitalista.
Na sociedade capitalista, o trabalho é a causa de toda a degenerescência intelectual, de toda a deformação orgânica.
Comparem o puro-sangue das cavalariças de Rothschild, servido por uma criadagem de bímanos, com a pesada besta das quintas normandas que lavra a terra, carrega o estrume, que põe no celeiro a colheita dos cereais.
Olhem para o nobre selvagem, que os missionários do comércio e os comerciantes da religião ainda não corromperam com o cristianismo, com a sífilis e o dogma do trabalho, e olhem em seguida para os nossos miseráveis servos das máquinas "
terça-feira, 24 de junho de 2008
Pesquisas
Segundo levantamento do Ibope, campanhas on-line partindo de blogs ou outras redes sociais podem ter um impacto 500 vezes maior do que se as mesmas partissem dos sites das próprias empresas.
...Só em maio de 2008, 18,5 milhões de pessoas navegaram em sites relacionados a comunidades. Se forem acrescidos a este número os fotologs, videologs e os mensageiros instantâneos, o valor salta para 20,6 milhões de brasileiros por mês...(clique aqui).
...Só em maio de 2008, 18,5 milhões de pessoas navegaram em sites relacionados a comunidades. Se forem acrescidos a este número os fotologs, videologs e os mensageiros instantâneos, o valor salta para 20,6 milhões de brasileiros por mês...(clique aqui).
A Cena Política
Estão faltando palavras para descrever a cena psdbista atual. Nem dá vontade de tocar no assunto mas o insuspeito Vinicios Torres Freire escreveu memorial tão perfeito do quadro, que não resistí. Vejam:
"...com a modernidade avacalhada que implantou no país, PSDB nada tem a dizer ao público.
OS TUCANOS seriam o partido da modernização, dizem eles mesmos. Se tal discussão não provoca o tédio imediato, pode-se achar até graça nisso. Mas, no fim das contas, não era verdade? A modernização tucana foi tão bem sucedida e o PSDB a encarnou tão bem que a forma do partido mal se destaca do fundo que produziu. O sucesso faz com que as idéias tucanas percam seus contornos quando confrontadas com o país modernizado: o PSDB hoje não fede nem cheira.
A "utopia do possível" do PSDB era um país mais capitalista, mas com "10% de desconto", como dizia Mangabeira Unger. Uma economia mais aberta, mas que protege a grande empresa. Um país com seu mercado de capitais e uns trocados para a escola dos pobres, para formar "capital humano". Com mais mercado e uma "rede de proteção social" que enreda os deserdados, o embrião do Bolsa Família. Com privatização e politização dos negócios privados.
O filme do PSDB era um roteiro adaptado da arenga do Banco Mundial. Era um grupo de políticos menos selvagens e de tecnocratas mais capazes, encapsulados num saquinho de chá metido no balde d"água ainda mais sujo da política partidária brasileira. Mudou muito pouco do mar de desigualdades de poder, renda e educação. Mas o saquinho de chá tucano se dissolveu no balde. A tecnocracia tucana ouviu a própria pregação do empreendedorismo e retirou-se, em especial na finança. Restaram os caciques e a "aliança com o atraso, instrumento do avanço", tal como era racionalizado o pacto com PFL e PMDB, o de sempre, de Sarney a Lula.
Hoje, o PSDB tem um governador denunciado à Justiça (Teotonio Vilela, Alagoas) e amigão de Renan Calheiros. No Rio Grande do Sul, os pedaços da coalizão tucana se acusam de bandidagem e mau-caratismo, todos aparentemente com razão. O governador tucano de Minas ameaça namorar o lulismo, chantagem que tem como objetivo confrontar o governador de São Paulo, que corre o risco de deixar como grande legado político a implantação do PFL (Democratas) no Estado, antes praga inaudita. Com os anos, aparecem os esqueletos corruptos do partido, vide o caso Alstom.
O neotucanato é a direita que não ousa dizer seu nome, o alckmismo, que deixou a gestão do Estado em estado de choque, vide o desastre na educação paulista, a falácia da responsabilidade fiscal e a inanidade do desenvolvimento estadual durante o governo Alckmin. No campo das "idéias", a liderança tucana no Congresso faz chacrinha sobre responsabilidade fiscal, mas vota anônima e unânime a favor de projetos que estouram o orçamento público. Se passa a picuinhas e vergonheiras como fingir-se de morta quando nota que as CPIs que defende se voltam também contra o próprio partido.
O último candidato tucano a presidente renegou o seu arremedo de programa e até mesmo a receita de bolo fernandina. Como o petismo-lulismo é a reprodução ampliada e pirateada do velho programa tucano e como o "choque de capitalismo" do PSDB realizou-se, a seu modo avacalhado, o tucanato nada tem a dizer que contraste com a realidade da política e da vida brasileiras. O PSDB é só uma briga de foice por um lugar no horário eleitoral gratuito."
"...com a modernidade avacalhada que implantou no país, PSDB nada tem a dizer ao público.
OS TUCANOS seriam o partido da modernização, dizem eles mesmos. Se tal discussão não provoca o tédio imediato, pode-se achar até graça nisso. Mas, no fim das contas, não era verdade? A modernização tucana foi tão bem sucedida e o PSDB a encarnou tão bem que a forma do partido mal se destaca do fundo que produziu. O sucesso faz com que as idéias tucanas percam seus contornos quando confrontadas com o país modernizado: o PSDB hoje não fede nem cheira.
A "utopia do possível" do PSDB era um país mais capitalista, mas com "10% de desconto", como dizia Mangabeira Unger. Uma economia mais aberta, mas que protege a grande empresa. Um país com seu mercado de capitais e uns trocados para a escola dos pobres, para formar "capital humano". Com mais mercado e uma "rede de proteção social" que enreda os deserdados, o embrião do Bolsa Família. Com privatização e politização dos negócios privados.
O filme do PSDB era um roteiro adaptado da arenga do Banco Mundial. Era um grupo de políticos menos selvagens e de tecnocratas mais capazes, encapsulados num saquinho de chá metido no balde d"água ainda mais sujo da política partidária brasileira. Mudou muito pouco do mar de desigualdades de poder, renda e educação. Mas o saquinho de chá tucano se dissolveu no balde. A tecnocracia tucana ouviu a própria pregação do empreendedorismo e retirou-se, em especial na finança. Restaram os caciques e a "aliança com o atraso, instrumento do avanço", tal como era racionalizado o pacto com PFL e PMDB, o de sempre, de Sarney a Lula.
Hoje, o PSDB tem um governador denunciado à Justiça (Teotonio Vilela, Alagoas) e amigão de Renan Calheiros. No Rio Grande do Sul, os pedaços da coalizão tucana se acusam de bandidagem e mau-caratismo, todos aparentemente com razão. O governador tucano de Minas ameaça namorar o lulismo, chantagem que tem como objetivo confrontar o governador de São Paulo, que corre o risco de deixar como grande legado político a implantação do PFL (Democratas) no Estado, antes praga inaudita. Com os anos, aparecem os esqueletos corruptos do partido, vide o caso Alstom.
O neotucanato é a direita que não ousa dizer seu nome, o alckmismo, que deixou a gestão do Estado em estado de choque, vide o desastre na educação paulista, a falácia da responsabilidade fiscal e a inanidade do desenvolvimento estadual durante o governo Alckmin. No campo das "idéias", a liderança tucana no Congresso faz chacrinha sobre responsabilidade fiscal, mas vota anônima e unânime a favor de projetos que estouram o orçamento público. Se passa a picuinhas e vergonheiras como fingir-se de morta quando nota que as CPIs que defende se voltam também contra o próprio partido.
O último candidato tucano a presidente renegou o seu arremedo de programa e até mesmo a receita de bolo fernandina. Como o petismo-lulismo é a reprodução ampliada e pirateada do velho programa tucano e como o "choque de capitalismo" do PSDB realizou-se, a seu modo avacalhado, o tucanato nada tem a dizer que contraste com a realidade da política e da vida brasileiras. O PSDB é só uma briga de foice por um lugar no horário eleitoral gratuito."
Nossa saúde depende da biodiversidade
domingo, 22 de junho de 2008
O mundo invisível
Vi na revista Galileu há muitos anos atrás um cientista dizendo que mais de 80% da matéria que compõe tudo o que existe no universo é invisível, ou seja, é matéria que provavelmente não é composta de partículas formadas por elétrons, prótons e nêutrons como a D. Irene me ensinou na 6ª série. Fiquei intrigado e nunca esqueci o assunto e desde então sempre vejo alguma coisa nas revistas de ciência a respeito, mas sem novas revelações. Este ano os cientistas disseram que ainda não tem muito a acrescentar, pois pouco avançaram na tentativa de desvendar essa “matéria” que chamam de matéria escura e que suspeitam ser a causa principal no aumento da velocidade de expansão do universo.
Em 1929, Edwin Hubble (aquele mesmo que o famoso telescópio leva o nome) descobriu que o Universo estava em um movimento de expansão, que tinha iniciado com o impulso do Big Bang, a explosão que o originou, mas até uns 10 anos atrás, todos achavam que a força da gravidade de toda a massa que existe no cosmo, acabaria freando esse impulso em algum momento. Mas isso não está acontecendo. A expansão está acelerando e a matéria escura é a mais forte candidata a responsável por essa aceleração. Como esse é um assunto que me fascina, eu coleciono recortes de jornais, revistas, livros, etc, e sempre bombardeava os amigos com emails sobre astrofísica e eu planejava anexá-los todos aqui..., porém, essa semana vi um especialista em blogs dizer que posts não podem ser longos porque o potencial leitor “foge”. Ele tem razão, concluí. Então para não ficar muito longo eu convido todos a ver só uma materiazinha curtinha e didática do Herton Escobar (clique aqui) que é muito simples e bacana.
Em 1929, Edwin Hubble (aquele mesmo que o famoso telescópio leva o nome) descobriu que o Universo estava em um movimento de expansão, que tinha iniciado com o impulso do Big Bang, a explosão que o originou, mas até uns 10 anos atrás, todos achavam que a força da gravidade de toda a massa que existe no cosmo, acabaria freando esse impulso em algum momento. Mas isso não está acontecendo. A expansão está acelerando e a matéria escura é a mais forte candidata a responsável por essa aceleração. Como esse é um assunto que me fascina, eu coleciono recortes de jornais, revistas, livros, etc, e sempre bombardeava os amigos com emails sobre astrofísica e eu planejava anexá-los todos aqui..., porém, essa semana vi um especialista em blogs dizer que posts não podem ser longos porque o potencial leitor “foge”. Ele tem razão, concluí. Então para não ficar muito longo eu convido todos a ver só uma materiazinha curtinha e didática do Herton Escobar (clique aqui) que é muito simples e bacana.
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