quinta-feira, 3 de julho de 2008

Telefônica

Cá estou de volta. Depois da pane de 26 horas, os bits voltaram a fluir na complexa teia da cidade de São Paulo. Estranha pane essa. Aliás, inacreditável porque atingiu todo o estado, paralisando centenas de empresas, orgãos publicos e atividades domésticas. Antes nós tínhamos o monopólio, da estatal Telesp onde tudo funcionava, mas quase ninguém tinha telefone. Agora o monopólio é da companhia privada espanhola Telefônica (líder de reclamações no Procom) e todos tem telefone, mas ninguém pode falar muito e a conexão é de veneta. Se trovejar..., precisa da ajuda do altíssimo. Em caso de defeito, pane, colapso, etc e você ligar para reclamar eles já vão logo dizendo que o problema é seu e que "lá" está tudo certo. Pensei: Faz sentido, é meu mesmo, meu telefone é que está mudo e meu computador parado, pô! (risos) Olha, é uma piada essa Telefônica e os atendentes deviam ser comediantes. É rir pra não chorar. Para ter uma ideia do tamanho do estrago, clique aqui

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Só da Brasil pungente, lá. Já aquí...

Como diria o Jorge Benjor, “Deu no New York Times...” de hoje, que aqui no Brasil está faltando mão de obra qualificada, como engenheiros e técnicos, o que pode impactar no crescimento econômico e citam além das empresas do ramo petrolífero o caso da Embraer, que forma seus próprios engenheiros e técnicos para suprir a falta. Ainda segundo o New York Times, a Embraer já é uma das maiores fabricantes de aeronaves atualmente, fabricando jatos executivos e comerciais para 6 a 122 passageiros. Empresa essa que dobrou de tamanho desde o início da década e atualmente conta com encomendas que ultrapassam US$ 20 bilhões. Ela irá entregar próximo de 200 aeronaves para clientes neste ano. Já o sisudo Financial Times, diz que o Brasil, China e India são um dos poucos países com perspectivas de crescimento consistente, e tome noticia boa sobre as commodities brasileiras, e que causamos até uma aumento de 5% no preço do açúcar no mercado mundial... bla,bla,bla. Já a Newsweek fala que a Petrobrás caminha para ser a maior empresa da terra. Apesar de toda falação eu fico aqui vendo todas as noites, hordas que se alimentam do lixo bem aqui embaixo da minha janela e converso com eles e constato que não são loucos. Apenas miseráveis. Como não estão qualificados para ocupar as centenas de vagas na Petrobras, Embraer etc..., sobram-lhes a alternativa de se alimentar do lixo e praticar pequenos furtos, até as coisas melhorarem para arranjar um “cano” e assaltar os bacanas. Como se vê, cada qual com seu plano de carreira. Como eu também não estou qualificado para ocupar as tais vagas que “sobram” no mercado, eu os fotografo e troco idéias (quando amistosos) enquanto aguardo a próxima sessão da HBO do labirinto do fauno na longa madrugada que se aproxima.

Zimbábue

Angeli
Robert Mugabe, 84 anos, o ditador do Zimbábue, prestou juramento como presidente pela sexta vez, horas depois de ter sido declarado o vencedor absoluto de um segundo turno marcado por violenta repressão à oposição. O líder do opositor MDC (Movimento pela Mudança Democrática) abandonou a disputa, após contabilizar ao menos 86 afiliados e simpatizantes mortos. Assim caminha a humanidade!

terça-feira, 1 de julho de 2008

JT

Clique sobre a foto para ampliar
Finalmente consegui colher um
-só um, heim?-, fruto da minha obsessiva campanha contra o lixo no entorno da estação da luz. Depois de dias tentando chamar atenção para esse absurdo, eis que entre todos os jornais da cidade para os quais encaminhei o assunto, o Jornal da Tarde publicou minha queixa e uma foto ilustrativa a respeito, e agradeço a editoria de "Cidades" pela divulgação. Esse pequeno fato poderá ser o start de algo maior nessa guerra ao lixo. Vou agora ampliar e se possível emoldurar, um recorte desse e pendurar na arvorezinha moribunda que teima em não morrer sufocada pelo lixo. Para se indignar também clique aqui. Se você trabalha ou vive na região, e concordar que isso é um problema que pode ser solucionado a partir da comunidade, entre em contato comigo umsimplesmane@hotmail.com e vamos organizar uma reação.

domingo, 29 de junho de 2008

Ilustre Marginal

Carlos Lessa, um "ilustre marginal" como ele mesmo se autodenomina, deu entrevista à Istoé onde critica a falta de ousadia dos governantes e derrama sua ironia sem sutilezas, sob os rumos da economia e seus timoneiros. Para quem não se lembra, o economista Carlos Lessa chegou a integrar o primeiro governo Lula, mas não não sobreviveu por muito tempo. Foi defenestrado pelo "mercado" por ser nacionalista demais. Pincei alguns trechos da fala necessária do corajoso economista -que está logo abaixo-, e a entrevista completa pode ser vista aqui.

...é inexorável uma inflação mundial. E o Brasil não vai escapar a ela. Por quê? O petróleo é o formador de custos de todos os alimentos e de todas as commodities no mundo. Tudo que é produzido tem um componente pesado de transportes, principalmente as commodities e as matérias- primas. Então, todos os preços mundiais não vão parar de subir.

...O dinheiro entra. E a taxa de câmbio vai para baixo. Meirelles segura a inflação com a taxa de câmbio. Mas a custa de quê? De pagar uma taxa de juros proibitiva, que impede o governo de fazer política de saúde, política de educação, política de transportes e tudo mais.

... o especulador internacional adora receber os juros que o Meirelles paga. Aliás, isso também vale para o especulador brasileiro, que vai para o Caribe e volta como internacional. Agora, há um medo, que é o de o balanço de pagamentos do País começar a ratear. Se a conta comercial ficar fraca, o especulador internacional vai recuar.

... Qualquer um que não for o nome querido do mercado de capitais e do sistema de bancos vai tomar pancada de todos os lados. A Dilma está apanhando de maneira injusta. Acho que o Palocci é a figura de eleição do mercado. Se não podem fazer o Meirelles candidato a presidente, então que seja o Palocci.

... Por que os americanos estão no Oriente Médio? Por uma razão muito simples: os Estados Unidos não produzem nem 40% do petróleo que consomem. Imagine o Brasil dizer que tem um pré-sal colossal, que pode cobrir a brecha americana? Vamos virar de novo o quintal dos Estados Unidos. E não há pior coisa no mundo do que ser quintal deles.