sexta-feira, 27 de março de 2009
O Amor no tubo de ensaio
Há tempos que não falava com um casal amigo que vive em San Diego, Juntos há 15 anos sempre pareceram o casal mais perfeito e equilibrado da terra. Então hoje encontrei a "P" no messenger após uns dois meses desde nosso último contato e começamos animadamente a conversar, quando fiquei sabendo que nesse período ela tinha (pirado?) se apaixonado por um ucraniano e com ele havia se mudado pra Chicago. Toda sorridente, empolgada e feliz com o novo "amor" me disse que tudo ficou bem com meu querido amigo "D" o ex, que atordoado mas -sem maguas-, também se mudou, continuam amigos etc, e que agora ela só quer saber de curtir esta paixonite enquanto durar. Enquanto durarrr, perguntei? Sim, enquanto durar disse-me ela que agora aos 32 anos diz que tem perfeita noção das idiossincrasias do amor. Então nos lembramos dos tempos em que passávamos as tardes em um aconchegante Pub conversando e rindo dos "ridículos do amor" dos passantes, dos amigos e porque não das nossas próprias patetices, ao fim do qual rimos bastante, até que, já nos despedindo, ela disse que logo inventariam as pílulas do amor que amenizariam a saga...
Então me lembrei de um divertido ensaio de John Tierney publicado uns meses atrás no New York Times que mostra o quão perto estamos disso. Vale a pena.
Antídoto ao amor pode prevenir paixão cega
John Tierney
Numa edição recente da revista “Nature”, o neurocientista Larry Young propõe uma grande teoria unificada do amor. Depois de analisar a química cerebral da formação de vínculos entre casais de mamíferos, Young prevê que em breve um pretendente inescrupuloso poderá colocar uma poção de amor farmacêutica no drinque da pessoa cortejada.
Mas também pode ser que surja um antídoto ao amor —uma vacina que impeça você de ficar cego de paixão e agir como idiota.
É o que os humanos procuram desde que Ulisses mandou os tripulantes de seu navio amarrarem-no ao mastro quando o barco passou pelas sereias da mitologia grega. Estava claro que o amor era uma doença perigosa ...(continua)
quarta-feira, 25 de março de 2009
A fluidez entre os poderes
Com a acuidade analítica de sempre, o Prof. Fabio Wanderley da UFMG, demonstra em primoroso artigo no jornal Valor Econômico, o momento delicado de ativismo judiciário que o Brasil está vivendo com o STF invadindo outras áreas e também uma certa confusão entre poderes. Recentemente tivemos a reinterpretação pessoal da Constituição pelo presidente da Câmara, o presidente do STF opinando sobre ações legislativas e governamentais relativas ao MST, etc. Estas ingerências que o cientista chama elegantemente de “fluidez entre poderes" (ironia?!) podem configurar graves ameaças, ao ordenamento político e jurídico do país. Para ler o artigo, Clique aqui.
terça-feira, 24 de março de 2009
Radiohead
Voltei às pressas a São Paulo para ver o Radiohead que fez apresentação impecável, ofuscada apenas pela produção que se esqueceu prover coisas básicas como sinalização. O Lugar, a chácara jóquei, tem acesso complicado e não fosse pela banda eu teria desistido. Desistência, aliás, foi o que aconteceu após idas e vindas tentando localizar onde se poderia encontrar um sanduíche, etc. Simplesmente não havia placas visíveis no local.
Deixando estes "detalhes" de lado e apesar de não terem me consultado sobre o repertório, o Radiohead mostrou que faz arte essencial, pura, um soco no estômago!
Eis um trechinho da coluna do crítico Isay Eweinfeld sobre o show:
"Na manhã seguinte você ainda acorda enlevado, perguntando: o que é aquilo que passou ontem por mim com tanta força? Mas erra feio quem reduz estes sentimentos somente à melancolia. Este é só um dos inúmeros calafrios que se sente ao ouvi-los ao vivo.
E, a cada música, a viagem te conduz a lugares distintos. Você fatalmente irá se apaixonar pelo trabalho deles, se os lugares em que a música deles te levar forem os lugares que você eventualmente gostaria de estar, de conhecer..."
Exclusivo: Edgard entrevista Radiohead - parte 1
Exclusivo: Edgard entrevista Radiohead - parte 2
Exclusivo: Edgard entrevista Radiohead - parte 3
Deixando estes "detalhes" de lado e apesar de não terem me consultado sobre o repertório, o Radiohead mostrou que faz arte essencial, pura, um soco no estômago!
Eis um trechinho da coluna do crítico Isay Eweinfeld sobre o show:
"Na manhã seguinte você ainda acorda enlevado, perguntando: o que é aquilo que passou ontem por mim com tanta força? Mas erra feio quem reduz estes sentimentos somente à melancolia. Este é só um dos inúmeros calafrios que se sente ao ouvi-los ao vivo.
E, a cada música, a viagem te conduz a lugares distintos. Você fatalmente irá se apaixonar pelo trabalho deles, se os lugares em que a música deles te levar forem os lugares que você eventualmente gostaria de estar, de conhecer..."
Exclusivo: Edgard entrevista Radiohead - parte 1
Exclusivo: Edgard entrevista Radiohead - parte 2
Exclusivo: Edgard entrevista Radiohead - parte 3
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