GENTRIFICAÇÃO: Que palavra é essa!?
Neologismo que significa; Um conjunto de processos de transformação de espaço urbano, visando à valorização imobiliária pela remoção dos moradores de classes sociais menos favorecidas que estão ocupando áreas POTENCIALMENTE nobres. Isto acontece no mundo inteiro através da interferência ou omissão do estado.
Em São Paulo o enobrecimento de espaços urbanos ocorre o tempo todo seja por incêndios “acidentais” provocados em favelas nobres, ou a simples grilagem mesmo e até como no caso recente do Pinheirinho, com o estado, parcela do poder judiciário e interesses privados, envolvidos numa trama (contra moradores pobres) para favorecer o poder econômico.
A despeito do adjetivo escolhido para designar o processo, o chavão mais usado na maioria desses casos de enobrecimento de áreas é o mantra da “revitalização” que é a parolagem destinada a maquiar a GENTRIFICAÇAO.
Revitalizar significa insuflar vida, mas não falta vida nesses lugares o que falta é o comparecimento do poder público com escolas, saneamento, quadras esportivas, segurança, emprego, etc...
O que está acontecendo aqui e agora no histórico bairro da Luz, é a mais descarada gentrificação (enobrecimento urbano), para dizer o mínimo, sob a alcunha do projeto Nova Luz.
O que está acontecendo aqui e agora no histórico bairro da Luz, é a mais descarada gentrificação (enobrecimento urbano), para dizer o mínimo, sob a alcunha do projeto Nova Luz.
O entrosamento do poder público com o mercado imobiliário que é um forte financiador de partidos e políticos enxerga o potencial da região, onde está a Sala São Paulo, Pinacoteca, Universidade livre da Música Tom Jobim, Jardim da Luz, escola municipal de balé, etc, etc..., mais a boa localização e infraestrutura.
Com a falta de áreas nobres para construir, só falta mesmo remover os habitantes, demolir e transformar a Luz numa quem sabe, Higienópolis com metrô e ótimos aparelhos culturais. Mas infelizmente para os gentrificadores, na Santa Efigênia não vivem somente os indefesos despossuídos e há resistência sim, como o movimento “Apropriação da Luz” encabeçado pela Jornalista e fotógrafa Paula Ribas e que luta contra este processo como mostra reportagem da TV Brasil.
Com a falta de áreas nobres para construir, só falta mesmo remover os habitantes, demolir e transformar a Luz numa quem sabe, Higienópolis com metrô e ótimos aparelhos culturais. Mas infelizmente para os gentrificadores, na Santa Efigênia não vivem somente os indefesos despossuídos e há resistência sim, como o movimento “Apropriação da Luz” encabeçado pela Jornalista e fotógrafa Paula Ribas e que luta contra este processo como mostra reportagem da TV Brasil.
Um exemplo de como a Governança enxerga a Luz é a finalização da linha amarela: Desapropriaram uma enorme área prometendo, equipamentos urbanos, bulevar, galerias, centro esportivo etc., e no final fizeram uma cerquinha para separar uma tirinha onde construíram uma praçinha de puro concreto sem nenhum equipamento e cuja aridez, grades e calor não convidam ninguém o que também não faz diferença, pois é mais um estacionamento particular. A outra fatia do terreno está abandonada e é onde funciona um criadouro de mosquitos sob patrocínio do governo municipal e estadual. Revitalização é isso!