sexta-feira, 3 de abril de 2009

Maria Inês Nassif

Todos partidos para o castelo de areia
Maria Inês Nassif
02/04/2009

Do Valor Econômico

O risco que se corre é a instituição STF ficar identificada como aquela que pode estar permeável a interesses. Num país altamente injusto, a mais alta Corte perder sua imagem de mediadora - e justa - e fixar-se como aquela que zela exclusivamente por grandes interesses, é o fim de esperanças de uma parcela da população altamente desassistida. É melancólico. ...(continua)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Regime de Chuvas

Cheguei ao Planalto Central para visitar meu irmão que é agrônomo dedicado á lavoura leguminosa e assim passo o dia com ele percorrendo centenas de kilômetros em meio a extensas plantações de feijão, soja, etc e convivendo com as pessoas do campo, proprietarios de terras, e de repente me vejo em um mundo completamente desligado na minha vida urbana, outro olhar, diferentes preocupações...
Ontem mesmo fiquei sabendo ali que Pesquisas recentes da Embrapa mostram aquilo que cada vez mais parece ser consensual nas comunidades científicas; O aquecimento global está alterando drásticamente o regime de chuvas e mais rapidamente do que se imaginava. No Brasil especialmente as mudanças nas precipitações ja são bastante visíveis com mais temporais, menos garoas... Para acessar reportagem sobre este estudo publicado no Jornal da Ciência da SBPC, clique aqui.

terça-feira, 31 de março de 2009

Arquitetura antimendigo

E eu que achava que a arquitetura antimendigo era uma invenção tipicamente paulistana. ignorância minha. Tão sofisticada quanto inócua, a técnica já se espalhou conforme se pode ver no video abaixo. Quando a prefeitura instalou aqueles bancos antimendigos na praça Dom José Gaspar, vimos que os moradores de rua não sumiram, continuaram por ali em seus papelões como sempre. Deixando de lado a ineficácia da invenção, a real é que quando sentamos num banco assim embaixo de uma arvore é porque desejamos uma pausa na caminhada ou um momento de relaxamento... queremos largueza e espalhamento, daí que não faz sentido ficar ali espremido entre aquelas divisórias ridículas e desconfortáveis. Seduzidos pelas propostas de solução fácil a gestão pública nesse caso dá um tiro no pé ao não resolver um problema e ainda cria outro.
Mas o mais engraçado é ouvir a noticia "Autoridades pretendem remover 2000 moradores de rua, de locais públicos" sem falar como!? Claro que é demagogia pura, porque a única coisa que acontece sistemáticamente é o revezamento de locais, como sempre, aliás.

domingo, 29 de março de 2009

A homofobia não para de matar

Do caderno Aliás, do Estadão

A máquina do ódio homofóbico não para de moer

Todos os dias, mais de um homossexual masculino é assassinado no País. Travestis são maiores vítimas

Vagner de Almeida* - O Estado de S.Paulo

Desde que iniciei o trabalho sobre violências estruturais, no início dos anos 80, com o surgimento da aids e o crescente número de vítimas do ódio homofóbico, assassinatos praticados com altíssimo grau de violência contra homossexuais ainda crescem no Brasil. No Parque dos Paturis, em Carapicuíba (SP), um suposto serial killer matou, entre julho de 2007 e o último dia 15, nada menos do que 14 pessoas, a maioria homossexuais. Em 2009, também foram assassinados dois travestis de 20 anos no Altiplano Cabo Branco, em João Pessoa. Em todo o País, de janeiro a junho de 2008 foram registrados mais de 50 homicídios contra essa comunidade, tendo o número duplicado até o início de dezembro. Esses dados referem-se apenas aos casos registrados nas delegacias de polícia, nos laudos dos hospitais e por instituições como o Grupo Gay da Bahia, o qual, com tremenda dificuldade, consegue obter informações precárias. Estatísticas comprovam que, por dia, mais de um homossexual é morto em nosso território ...(continua)