sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Abraço de afogados

Os políticos Sarneysistas e Antisarneysistas divergem sobre qual dos grupos tem mais corrupção no curriculum, atirando suas podridões uns nos outros ao vivo e em cores no congresso nacional, dando início ao famoso "abraço de afogados". Enquanto isso a midia faz o que pode para envernizar os corruptos-lights e incentiva a massa a satanizar os corruptos-desinibidos, afinal, "Os nossos corruptos são melhores que os corruptos dos outros", não é mesmo? Agh! O que fica claro é que ninguém tem as mãos limpas e novamente o que está por trás de tudo isso é apenas a briga pelo butim em 2010. E ainda falam em nome da moralidade. Affff! É muita cara de páu. Neste jogo, todos perdem como muito didáticamente explicou o jornalista Luis Nassif em seu blog.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Blade Runner - Nº1 segundo o Total Sci-Fi

Ouça Blade Runner blues enquanto lê
Raramente assisto a um filme duas vezes. Há claro, exceções; Sergio Leone, Coppola, Kubrick, Jean Renoir, Truffaut, Nelson Pereira dos Santos, Ridley Scott...
Os filmes, “Era uma vez no oeste" e "Blade Runner”, talvez sejam os que vi mais vezes sendo que este último até perdi a conta. Foi amor a primeira vista já na pré-estréia no cine Copan em 1982 se bem me lembro. Como em qualquer paixão, onde não há nenhum vestígio de racionalidade, não tenho uma explicação para essa ligação com o filme. Simplesmente gosto muito mesmo. O conjunto música, fotografia, interpretação e roteiro combinam perfeitamente nesta obra prima e me fisgou na primeira.
Se me perguntarem sobre “Vidas Secas”, “Uma mulher para dois” ou "O poderoso chefão II" talvez eu saiba explicar, mas Blade Runner é diferente! Não sei explicar muito bem... apenas acho o máximo toda vez que vejo em qualquer versão. É o filme que me absorveu naquele dia fumarento de 1982 e até hoje quando assisto, sinto-me dentro do filme, e... sabe, alem disso, vou dizer uma coisa; Ridley Scott é assim tão bom que até quando é ruim, é bom (risos!)
Engraçado isso, mas sempre que conheço alguém dou logo um jeito de descobrir se a pessoa gosta de Blade Runner, Jimmy Page, Machado de Assis, Giló, Melallica, Toninho Horta, Botecos, Chet Baker e Cachaça. Só assim decido o que fazer. Perdôo quase tudo, mas me dá um desgosto quando uma pessoa diz: Blade o quê?! Bem, voltando, esta semana saiu no Total Sci-Fi Online os 100 melhores filmes de ficção Científica e para minha surpresa está lá cravado em primeiríssimo lugar, “Blade Runner a Obra-prima de Ridley Scott, Baseada no livro de Do Androids Dream Of Electric Sheep?, de Philip K. Dick”.
Segundo o Total Sci-Fi Online, a escolha levou em consideração a inovadora fotografia do filme, os sensos reais de tristeza, medo, anseios, o amargo senso de humor e as altercações acerca da existência, afinal, somadas às soberbas interpretações de Rutger Hauer e Harrison Ford, que apesar de ser o "mocinho" é paradoxalmente muito mais taciturno e sombrio que o vilão -se é que se pode chamá-lo assim-, Hans Solo de Rauer.
Então agora está tudo certo e o filme no seu devido lugar e com as explicações que eu não sabia mas, intuía. Para ler mais e ver a lista completa, clique aqui.

domingo, 2 de agosto de 2009

Jesus e o futebol

Deixem Jesus em paz
JUCA KFOURI

Está ficando a cada dia mais insuportável o proselitismo religioso que invadiu o futebol brasileiro:
...E como o santo nome anda sendo usado em vão por jogadores da seleção brasileira, de Kaká ao capitão Lúcio, passando por pretendentes a ela, como o goleiro Fábio, do Cruzeiro, e chegando aos apenas chatos, como Roberto Brum.
Ninguém, rigorosamente ninguém, mesmo que seja evangélico, protestante, católico, muçulmano, judeu, budista ou o que for, deveria fazer merchan religioso em jogos de futebol nem usar camisetas de propaganda demagógicas e até em inglês, além de repetir ameaças sobre o fogo eterno e baboseiras semelhantes, como as da enlouquecida pastora casada com Kaká, uma mocinha fanática, fundamentalista ou esperta demais para tentar nos convencer que foi Deus quem pôs dinheiro no Real Madrid para contratar seu jovem marido em plena crise mundial. Ora, há limites para tudo.
...É um tal de jogador comemorar gol olhando e apontando para o céu como se tivesse alguém lá em cima responsável pela façanha, um despropósito, por exemplo, com os goleiros evangélicos, que deveriam olhar também para o alto e fazer um gesto obsceno a cada gol que levassem de seus irmãos...
Ora bolas!
Que cada um faça o que bem entender de suas crenças nos locais apropriados para tal, mas não queiram impingi-las nossas goelas abaixo, porque fazê-lo é uma invasão inadmissível e irritante.
Não mesmo é à toa que Deus prefere os ateus ...(continua)