quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Blade Runner - Nº1 segundo o Total Sci-Fi

Ouça Blade Runner blues enquanto lê
Raramente assisto a um filme duas vezes. Há claro, exceções; Sergio Leone, Coppola, Kubrick, Jean Renoir, Truffaut, Nelson Pereira dos Santos, Ridley Scott...
Os filmes, “Era uma vez no oeste" e "Blade Runner”, talvez sejam os que vi mais vezes sendo que este último até perdi a conta. Foi amor a primeira vista já na pré-estréia no cine Copan em 1982 se bem me lembro. Como em qualquer paixão, onde não há nenhum vestígio de racionalidade, não tenho uma explicação para essa ligação com o filme. Simplesmente gosto muito mesmo. O conjunto música, fotografia, interpretação e roteiro combinam perfeitamente nesta obra prima e me fisgou na primeira.
Se me perguntarem sobre “Vidas Secas”, “Uma mulher para dois” ou "O poderoso chefão II" talvez eu saiba explicar, mas Blade Runner é diferente! Não sei explicar muito bem... apenas acho o máximo toda vez que vejo em qualquer versão. É o filme que me absorveu naquele dia fumarento de 1982 e até hoje quando assisto, sinto-me dentro do filme, e... sabe, alem disso, vou dizer uma coisa; Ridley Scott é assim tão bom que até quando é ruim, é bom (risos!)
Engraçado isso, mas sempre que conheço alguém dou logo um jeito de descobrir se a pessoa gosta de Blade Runner, Jimmy Page, Machado de Assis, Giló, Melallica, Toninho Horta, Botecos, Chet Baker e Cachaça. Só assim decido o que fazer. Perdôo quase tudo, mas me dá um desgosto quando uma pessoa diz: Blade o quê?! Bem, voltando, esta semana saiu no Total Sci-Fi Online os 100 melhores filmes de ficção Científica e para minha surpresa está lá cravado em primeiríssimo lugar, “Blade Runner a Obra-prima de Ridley Scott, Baseada no livro de Do Androids Dream Of Electric Sheep?, de Philip K. Dick”.
Segundo o Total Sci-Fi Online, a escolha levou em consideração a inovadora fotografia do filme, os sensos reais de tristeza, medo, anseios, o amargo senso de humor e as altercações acerca da existência, afinal, somadas às soberbas interpretações de Rutger Hauer e Harrison Ford, que apesar de ser o "mocinho" é paradoxalmente muito mais taciturno e sombrio que o vilão -se é que se pode chamá-lo assim-, Hans Solo de Rauer.
Então agora está tudo certo e o filme no seu devido lugar e com as explicações que eu não sabia mas, intuía. Para ler mais e ver a lista completa, clique aqui.

4 comentários:

jucupini disse...

Eu, na verdade, fico dividida entre Blade Runner e 2001, uma Odisséia no Espaço. Este último me pegou principalmente pelas descobertas q estes nossos antepassados experimentaram. Aquela cena do fogo para mim é uma das melhores que já vi no cinema. O macaco, que na sua primitividade, entende o significado da descoberta e faz uma celabração com os demais, se colocando em posiçaõ superior. Isto por si só já trilha o caminho perverso da humanidade: o homem que irá dominar a natureza e áos seus. NO caso de Blade Runner, o site fala q o longa teria um "senso real de tristeza, medo e anseios, e um amargo senso de humor". Eu acho que isto é relacionado com a compaixão de caçador pela andróide, mas preciso rever este filme. Estou aberta a convites!!!

Ari disse...

É isso! Blade Runner é o que sempre houve, e é o que há!

Ninguém retratou melhor a busca de sentido, e o amor que temos pelo criador, ao mesmo tempo em que queremos matá-lo, por não se viver para sempre.

Nossa paixão por ele ter repartido a existência conosco e a raiva por saber que não será para sempre; é o nosso paradoxo!

Quem sentiu o gosto da vida, não consegue tolerar o cheiro da morte.

Tudo o que existe quer ser eterno.

Unknown disse...

Richard, sempre AMEI Blade Runner por todos os motivos possíveis para se gostar de um excelente filme. Apesar do Ridley Scott não aprovar a versão primeira, eu gosto dela assim mesmo...rs... ainda acho o K. Dick um profeta. Minority Report é uma outra excelente adaptação de texto dele. Mas BR é o melhor!

Indra disse...

Ri, bela idéia essa de ouvir o blues de vangelis enquanto lia. Me transportei ao filme, que assim que vcs é um verdadeiro MASTER FREAKING PIECE! Os antagonismos da vida, a morte e o amor. Bela trilogia! Eu tb fico com um pé atrás cada vez que, falando sobre um autor, um filme, um livro, uma obra, as pessoas fazem cara de "what-the-heck-are-you-saying-and-I-don't-fucking-want-to-know-what-this-is". Fico irritada, mas antigamente era pior...estou fazendo autoanálise para ser mais tolerante e perdoar esses seres...ahahahahha Belo post amigo!