Alguma racionalidade acerca da política econômica dos candidatos, pode ajudar a entender o bê-á-bá do bastante tergiversado tema do crescimento econômico conforme ensina Bresser Pereira um dos fundadores do PSDB em entrevista recente.
Para ele, os grandes nós da economia como a depreciação cambial, não estão próximos de serem desatados, qualquer que seja o presidente eleito, porque os técnicos-economistas brasileiros não conseguem compreendê-los à luz de uma nova abordagem, uma vez que ficam atrelados a velhas ideias/receitas e os que compreendem, não tiveram ainda forças e apoio para enfrentar os interesses de curto prazo daqueles que rejeitam a depreciação cambial porque não querem que seus rendimentos diminuam e a inflação aumente, ainda que temporariamente, porque a oposição liberal e colonial encabeçada pelo PSDB e parte da elite do país, é incapaz de criticar a ortodoxia e não vê os conflitos entre os interesses do Brasil e a dos países ricos e por isso, ele acredita que o governo atual reúne mais condições para tentar reverter o quadro onde a economia brasileira deixará de estar somente a serviço de rentistas e financistas, como tem estado nos últimos 23 anos, pois para crescer, os interesses dos empresários ou do setor produtivo da economia precisam coincidir razoavelmente com os interesses dos trabalhadores e, afinal o PT já vem tentando há tempos reverter esta tendência -neoliberal-, a que o PSDB quer retomar e reforçar equivocadamente. O resto é blá,blá,blá, de horário eleitoral, tagarelice de rede social e discurso de ódio.
Leia a integra da entrevista de Bresser aqui.