sábado, 6 de dezembro de 2008

A tragédia do Boing da Gol

Os pilotos do jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol em setembro de 2006, matando 154 pessoas e causando a segunda maior tragédia da aviação brasileira, manusearam o transponder de forma errada. É o que mostra o relatório final da Aeronáutica sobre o acidente segundo informa Tania Monteiro no Estadão.

Artistas organizam o enterro simbólico da Bienal neste sábado


Um grupo de artistas mobilizados por Antonio Peticov e sua mulher, a escritora Cíntia Oliveira, promoveram um enterro simbólico da presidência da Bienal e dos curadores desta edição, Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen.
O movimento foi uma iniciativa de Cíntia em reação à notícia de que Caroline Piveta da Mota, 23, que participou da pichação na parede vazia do segundo andar da Bienal em 26 de outubro ainda está presa. Desde então, a escritora e Peticov vêm entrando em contato com diversas pessoas do meio artístico para promover essa manifestação. ...(continua)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Artistas exigem a liberaração de Carolina da Mota presa há 40 dias

Caroline Piveta da Mota, 23, entrou no prédio da Bienal de São Paulo, pintou com spray uma parede e está presa há 40 dias. Levada ao 36º Distrito Policial, na rua Tutóia, três dias depois foi aprisionada na Penitenciária Feminina Sant´Ana, no Carandiru. Um absurdo completo, Sem entrar no mérito de tentar definir o que é arte, atirar uma garota numa das masmorras estaduais por uma manifestação tão controversa é um exagero. A Manifestação da jovem é controversa porque dentre outros motivos, muitos artistas entendem e respeitam sua expressão na convidativa parede vazia da bienal. Deve haver uma maneira mais razoável e criativa de lidar com esse fato, não?! Inevitável todos se perguntarem como criminosos do colarinho branco conseguem habeas corpus em menos de 24 horas e essa garota continua mofando na cadeia? Onde está a justiça? Porque ela não pode responder em liberdade? E se ela for inocentada quem a indenizará pelos quase dois meses de encarceramento???!
Para o artista José Roberto Aguilar, "Isso é uma hipocrisia absurda. Quem devia ser preso são os organizadores. O andar vazio era um convite à manifestação, à contravenção. O mínimo que a Bienal pode fazer é colocar seu advogado para liberar a moça." Para entender os detalhes desse desatino clique aqui e aqui.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A (in)Fidelidade Feminina

Esse artigo foi publicado originalmente no jornal O Tempo mas a chapa esquentou mesmo, foi no sites Vi o Mundo e Mhario Licoln com uma avalanche de contribuições e comentários curiosos!

A fidelidade só faz sentido quando voluntária

Dra. Fátima de Oliveira

A infidelidade masculina tem sido a regra e é moralmente aceitável desde a instituição da monogamia feminina. A infidelidade feminina tem sido condenada e vista como moralmente inaceitável. Homens traem desde sempre e mulheres também, só que num percentual menor e mais em surdina. Para Jean Bernard, em "Da Biologia à Ética - Bioética", "Geneticistas e demógrafos consideram que na Europa Ocidental 5% a 15% das crianças são adulterinas. É um número elevado, mesmo a taxa mais baixa (5%). Os dados biológicos modernos não cessam de se aliar às questões de interesse, sórdidas ou não, os orgulhos feridos, os amores paternais, maternais e filiais tragicamente contrariados".

Acompanho regularmente pesquisas sobre infidelidade feminina para entender de que modo o patriarcado é afetado pelas mudanças operadas no comportamento feminino a partir do advento da anticoncepção hormonal, que impôs um novo padrão de exercício da sexualidade ao promover a cisão entre sexualidade e procriação: a visão da sexualidade com fins lúdicos. O marco das pesquisas do que conhecemos por sexologia é o pós Segunda Guerra Mundial: pesquisas de A. C. Kinsey, W. B. Pomeroy e C. E. Martin que resultaram no Relatório Kinsey sobre sexualidade masculina (1948) e feminina (1953); estudos de William H. Masters e Virgínia E. Johnson (1966 e 1970) e o Relatório Hite (1980 e 1990).

A intensificação de pesquisas sobre infidelidade feminina ocorreu paralelamente à identificação da paternidade via teste de DNA, a segunda grande derrota histórica das mulheres (a primeira foi a reversão do direito materno), pois lhes retira o poder absoluto de determinar quem é filho de quem. Desde sempre as mulheres sabem de quem são mães. Os pais só descobriram sua participação na geração da descendência há pouco tempo e a paternidade ficava na dependência da indicação da mulher. Eles eram obrigados a confiar. Certeza de paternidade (99%) só quem pode lhes assegurar é o teste de DNA, novidade disponível na década de 1980.

"Mulheres infiéis: Pesquisas mostram por que elas estão traindo mais e como identificar sinais de infidelidade" é a chamada de capa da "IstoÉ" nº 2.037 (19.11), que no sumário destaca: "capa - Traição feminina: mulheres assumem que estão traindo mais. E o ambiente de trabalho é o mais propício para escapadas". Na página 68, sob a denominação de comportamento, o título é: "Elas estão traindo mais", matéria de Rodrigo Cardoso e Carina Rabelo, com dados de cinco pesquisas que demonstram que as mulheres estão traindo mais ou confessando mais que traem.

Mais que o conteúdo, em cinco páginas, as chamadas diferentes, para um mesmo tema, impressionam! Talvez o assunto seja moralmente tão grave que um único título seria insuficiente para levar à conclusão de que urge ensinar aos homens os sinais da infidelidade feminina. Fiquei irada!

Há muito mais nos dados da suposta crescente infidelidade feminina: o contrato social de fidelidade entre os cônjuges é fácil de ser quebrado porque caduca quando um deles se interessa por outra pessoa. É uma lei da natureza humana que precisa ser lida com franqueza e não sob os olhares de uma moral arcaica e decadente. A fidelidade só faz sentido quando voluntária. A moral hodierna, ainda estribada em uma cultura patriarcal, faz de conta que não entende que a obrigatoriedade de ser fiel nos relacionamentos afetivo-sexuais é uma violência quando não mais se deseja aquela pessoa, ou somente aquela pessoa!

Dra. Fatima Oliveira é médica, escritora, ativista social e uma das 52 brasileiras indicadas ao Nobel da Paz 2005. Autora de 8 livros e inúmeros artigos publicados. fatimaoliveira@ig.com.br

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Absolvição do promotor condenado pela mídia

Saiu no Observatório da Imprensa o caso do promotor Thales Ferri Schoedl que foi condenado por tudo e por todos e, para surpresa geral a historia era um "pouquinho" diferente daquela amplificada pelos jornais e TV's. Sem entrar no mérito do resultado do julgamento, o fato é que mais uma vez a mídia promoveu um linchamento sem ouvir o outro lado.
"Em 30 dezembro de 2004, o promotor de justiça Thales Ferri Schoedl protagonizou um episódio trágico ...(continua)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Censura na internet

Este blog é contra a censura disfarçada de projeto de lei que pretende cercear a liberdade de expressão na internet. Este projeto de lei criminal que é coisa de quem não compreendeu ainda a Web, é de autoria do senador Eduardo Azeredo do PSDB e é bem típico de quem não tem nada melhor para fazer, ou quer aparecer ou ainda coisa de quem está a defender interesses dos banqueiros em detrimento de tudo o mais. Não custa lembrar que o nobre senador é aquele envolvido no mensalão do PSDB.
Clique sobre a imagem para ampliar

Defenda a internet

Está tramitando um projeto de lei que pretende "bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo a vigilância"e a censura.
Por isso convido a todos a assinarem o abaixo assinado organizado pelos professores:
André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.
Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre; e
João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais.
Este documento é destinado aos Senado para que rejeite este projeto. Para assinar o abaixo assinado CLIQUE AQUI.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Copérnico

Segundo o National Examiner, arqueólogos identificaram recentemente, os restos mortais do astrônomo Nicolau Copérnico. A descoberta foi confirmada com um exame de DNA do esqueleto encontrado em Frombork, na Polônia, comparado a material genético de um fio de cabelo do cientista achado num livro que lhe pertencera. Segundo o arqueólogo Jerzy Gassowski, uma reconstrução facial feita com base no crânio tem semelhança com a maioria dos retratos do cientista pintados na época, que exibem o nariz torto e uma cicatriz sobre o olho. Coincidência achar esta notícia pois Copérnico é um personagem fascinante desde sempre. Anos atrás eu falava todo sério com uma guria que queria por tudo ter um filho, que eu somente me envolveria no projeto se o bebê pudesse se chamar Copérnico... rs,rs,rs! Ela claro, abominava a idéia esbravejando que ”isso” parecia nome de remédio... E assim graças ao grande Copérnico escapei mais uma vez. A verdade e que sempre fui fã deste sábio. O maior revolucionário de que já ouvi falar. Afinal a maior revolução de todos os tempos foi a copernicana ao colocar o Sol como centro do cosmo. Ao fazer isso ele mudou para sempre o rumo e a história do conhecimento. Nada mau pra quem era órfão aos 10 anos.
O tempo passou e não ajudei a por nenhum copernicozinho neste mundo mas deixo essa boa sugestão a quem tenha planos de ajudar a povoar a terra, ou não.

domingo, 30 de novembro de 2008

EUA e América latina

Interessante o editorial do New York Times reproduzido pelo estadão que tem a América latina como tema. Digo interessante porque além de defender veementemente uma aproximação entre os EUA da era Obama e a América Latina, deixa transparecer o que os americanos mais informados pensam sobre. Para ler clique aqui. Outra boa matéria também do estadão de hoje é a entrevista com o indiano Parag Khanna pesquisador da Fundação Nova América, e que foi um dos conselheiros de política externa da campanha vitoriosa de Barack Obama, que anotei aquí.