sábado, 17 de maio de 2008

Ministério abre concursos voltados para o público GLBT

Agência Brasil - 17/5/2008 - 12h58min

Brasília - Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Homofobia, celebrado neste sábado, o Ministério da Cultura (MinC) lançou dois editais para concursos públicos voltados à cidadania de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (GLBTT).

Um é para o Concurso de Apoio às Paradas de Orgulho GLBT nas cidades em que o movimento ainda não existe e deve contemplar um projeto em cada estado e no Distrito Federal.

O outro é para o Prêmio Cultural GLBT 2008 e deve financiar, com verba de até R$ 9 mil, 104 iniciativas valorização da cultura gay.

Em ambos os casos, só podem concorrer entidades jurídicas, sem fins lucrativos, e que tenham, no mínimo, seis meses de atuação nas comunidades GLBT.

Tanto o Prêmio Cultural quanto o Concurso de Apoio às Paradas GLBT serão financiados com recursos do Fundo Nacional de Cultura, na Ação Fomento de Projetos de Combate à Homofobia.

Opinião: Querida Marina

Por Frei Betto

"Caíste de pé! Tu eras um estorvo àqueles que comemoram, jubilosos, a tua demissão, os agressores do meio ambiente
."

CAÍSTE DE pé! Trazes no sangue a efervescente biodiversidade da floresta amazônica. Teu coração desenha-se no formato do Acre e em teus ouvidos ressoa o grito de alerta de Chico Mendes. Corre em tuas veias o curso caudaloso dos rios ora ameaçados por aqueles que ignoram o teu valor e o significado de sustentabilidade. Na Esplanada dos Ministérios, como ministra do Meio Ambiente, tu eras a Amazônia cabocla, indígena, mulher. Muitas vezes, ao ouvir tua voz clamar no deserto, me perguntei até quando agüentarias. Não te merece um governo que se cerca de latifundiários e cúmplices do massacre de ianomâmis. Não te merecem aqueles que miram impassíveis os densos rolos de fumaça volatilizando a nossa floresta para abrir espaço ao gado, à soja, à cana, ao corte irresponsável de madeiras nobres.

Por que foste excluída do Plano Amazônia Sustentável? A quem beneficiará esse plano, aos ribeirinhos, aos povos indígenas, aos caiçaras, aos seringueiros ou às mineradoras, às hidrelétricas, às madeireiras e às empresas do agronegócio? Quantas derrotas amargaste no governo? Lutaste ingloriamente para impedir a importação de pneus usados e a transformação do país em lixeira das nações metropolitanas; para evitar a aprovação dos transgênicos; para que se cumprisse a promessa histórica de reforma agrária.

Não te muniram de recursos necessários à execução do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal, aprovado pelo governo em 2004. Entre 1990 e 2006, a área de cultivo de soja na Amazônia se expandiu ao ritmo médio de 18% ao ano. O rebanho se multiplicou 11% ao ano. Os satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectaram, entre agosto e dezembro de 2007, a derrubada de 3.235 km2 de floresta. É importante salientar que os satélites não contabilizam queimadas, apenas o corte raso de árvores. Portanto, nem dá para pôr a culpa na prolongada estiagem do segundo semestre de 2007. Como os satélites só captam cerca de 40% da área devastada, o próprio governo estima que 7.000 km2 tenham sido desmatados. Mato Grosso é responsável por 53,7% do estrago; o Pará, por 17,8%; e Rondônia, por 16%. Do total de emissões de carbono do Brasil, 70% resultam de queimadas na Amazônia.

Quem será punido? Tudo indica que ninguém. A bancada ruralista no Congresso conta com cerca de 200 parlamentares, um terço dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. E, em ano de eleições municipais, não há nenhum indício de que os governos federal e estaduais pretendam infligir qualquer punição aos donos das motosserras com poder de abater árvores e eleger ($) candidatos.

Tu eras, Marina, um estorvo àqueles que comemoram, jubilosos, a tua demissão, os agressores do meio ambiente, os mesmos que repudiam a proposta de proibir no Brasil o fabrico de placas de amianto e consideram que "índio atrapalha o progresso". Defendeste com ousadia nossas florestas, nossos biomas e nossos ecossistemas, incomodando quem não raciocina senão em cifrões e lucros, de costas para os direitos das futuras gerações. Teus passos, Marina, foram sempre guiados pela ponderação e pela fé. Em teu coração jamais encontrou abrigo a sede de poder, o apego a cargos, a bajulação aos poderosos, e tua bolsa não conhece o dinheiro escuso da corrupção.

Retorna à tua cadeira no Senado Federal. Lembra-te ali de teu colega Cícero, de quem estás separada por séculos, porém unida pela coerência ética, a justa indignação e o amor ao bem comum. Cícero se esforçou para que Catilina admitisse seus graves erros: "É tempo, acredita-me, de mudares essas disposições; desiste das chacinas e dos incêndios. Estás apanhado por todos os lados. Todos os teus planos são para nós mais claros que a luz do dia. Em que país do mundo estamos nós, afinal? Que governo é o nosso?" Faz ressoar ali tudo que calaste como ministra. Não temas, Marina. As gerações futuras haverão de te agradecer e reconhecer o teu inestimável mérito.
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Carlos Alberto Libanio Christo, o Frei Betto, 63, frade dominicano, escritor e assessor de movimentos sociais, é autor de, entre outras obras, "A Obra do Artista Uma Visão Holística do Universo". Fonte: Revista Forum

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Wander Taffo

Luto no Rock. Morreu hoje aos 53 Anos uma lenda do Rock brasileiro, Wander Taffo. Considerado por publicações internacionais, como a "Guitar Player", um dos expoentes da guitarra no mundo. Taffo morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória e não tinha histórico de problemas de saúde.

Fonte: Ilustrada
Wander Taffo, gênio da guitarra, mestre da cidadania
por Ricardo Feltrin

Entre músicos, chamar Wander Taffo de guitarrista brilhante sempre foi pleonasmo. Pouquíssimos brasileiros foram tão longe como ele em técnica e sensibilidade. Somou arte, destreza e bom gosto em seu instrumento. Qualquer que fosse a banda, era fácil saber que era ele na guitarra. Criou um timbre, um peso e uma escala inconfundíveis.
Mas ele fez muito mais pela música do que tocar. Montou uma das mais importantes escolas da América do Sul, propagou um novo método de ensino, abasteceu bandas brasileiras com talentos por todos os anos 90 em diante. Muitos de seus solos são objeto de análise teórica e prática.
Divulgação


Paulistano da Pompéia, guitarrista Wander Taffo
morre em São Paulo aos 53 anos


Os únicos estigmas dos heróis da guitarra que carregava eram um cabelão e os inseparáveis óculos escuros. Sempre foi um artista modesto. Mesmo nos anos 80, quando explodiu com o Radio Taxi, continuava dando aulas, se apresentava em eventos beneficentes e fazia palestras para atrair jovens para a música.
Desde os anos 90 divulgava e fazia parte de um grupo caritário. Pedia que seu nome não fosse jamais relacionado a isso. "Fala que a escola é quem está cuidando", pedia. Atraiu para essa obra social professores, alunos e fãs.
Taffo era fã de Steve Morse, de quem sempre estudou a técnica, as escalas e de quem virou até amigo. Passava horas estudando partituras de Morse, a quem humildemente chamava de "mestre". O ídolo, aliás, era sempre homenageado por Taffo. Em shows do Radio Taxi, na segunda metade dos anos 80, era comum que a banda abrisse a apresentação com a instrumental e dificílima "Cruise Missile" ("The Introduction").
Para fazer uma comparação entre gerações e instrumentos, Taffo está para a história da guitarra brasileira como um Altamiro Carrilho o está para a flauta transversal. Deixa filhos, viúva, amigos e uma escola que virou grife para o currículo. E uma história que vale a pena lembrar.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A queda de Marina Silva.

Coletei algumas falas de figuras representativas a respeito da saída da ministra Marina Silva do governo, que dizem muito sobre quais forças saem vencedoras desse embate envolvendo o presidente Lula, o Prof. Mangabeira, os ministros da Agricultura e Infra-estrutura, além dos pecuaristas e associações de agricultores e assemelhados.
A demissão da Mininistra, é uma enorme perda para o governo Lula que desta vez vacilou naquele que seria um ponto especialmente importante.
Uma vez mais, a ganância travestida de desenvolvimento, triunfou.

"As forças mais destrutivas para a Amazônia exigiam a saída dela. O governo Lula deu o Plano Amazônia Sustentável (PAS) na mão do Mangabeira Unger. Isso obviamente foi uma tapa na cara da ministra" Frank Guggenheim - diretor-executivo do Greenpeace

"Ela era muito radical, tinha tudo para fazer uma boa gestão, o setor sempre esteve pronto (para dialogar), mas o diálogo era impossível", disse Glauber Silveira, presidente da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja do Mato Grosso).

"Espero que quem assumir estabeleça um diálogo. O Brasil não pode abrir mão da sua vocação para produzir alimentos", disse à BBC Brasil o deputado Homero Pereira (PR), presidente licenciado da Famato (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso).

"Independentemente do motivo, é uma perda grande para o governo e para o país. É uma ministra excelente que conhece bem o funcionamento do ministério e do partido"
José Eduardo Cardozo – secretário-geral do PT.

"O ministério cumpriu sua missão e cumpriu de maneira muito boa. Esse assunto é de foro íntimo da ministra e só ela pode explicar os motivos" Sibá Machado - senador (PT-AC)

"As propostas que apresentávamos, os problemas como área legal, ela fazia ouvidos moucos. Acredito que o bom senso agora deve prevalecer. O meio ambiente é uma ciência e não deve ser tratado ideologicamente. Ideologia é inimiga do meio ambiente"
Alberto Lupion - agropecuarista e empresário

"É um desastre para o governo Lula. Se o governo tinha uma credibilidade mundial na questão ambiental era por causa da ministra Marina" José Cardoso da Silva - vice-presidente para a América do Sul da Conservação Internacional

"Espero que o próximo ministro não seja tão radical quanto a Marina. Ela era uma barreira para o desenvolvimento econômico do Brasil" Rui Prado - presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do MT

A Ministra Marina era "o ultimo anjo da guarda do meio ambiente" no governo chegou a afirmar o diretor do Greenpeace que se mantém cético quanto à escolha do substituto de Marina. Frank Guggenheim - diretor-executivo do Greenpeace

"Trata-se de uma clara demonstração de que a área ambiental não tem espaço no atual governo. Ela tentou, em vão, construir uma política transversal de desenvolvimento sustentável, que envolvesse todos os ministérios e não apenas o MMA. Provavelmente, as seguidas frustrações nesse sentido motivaram seu pedido de demissão" Denise Hamú - secretária-geral do WWF-Brasil"

Eu desejo, que se for possível, haja uma reconsideração por parte da ministra"
Ideli Salvatti (PT-SC) - líder do partido no Senado

"Uma pessoa que tem o histórico da senadora Marina e que seja um referencial, inclusive lá fora, perante a comunidade ambientalista do mundo, acho muito difícil encontrar substituto à altura. Tomara que o governo não tenha feito a opção do desenvolvimento em detrimento do meio ambiente" Jefferson Peres (PDT-AM) – senador.

"É uma pessoa que tem capacidade de aglutinação muito grande. A equipe toda era muito leal a ela. Por respeito a ela como pessoa da área, mas também como dirigente, uma pessoa carinhosa com a equipe" José Machado - diretor-presidente da Agência Nacional de Águas

"As forças mais destrutivas para a Amazônia exigiam a saída dela. O governo Lula deu o Plano Amazônia Sustentável (PAS) na mão do Mangabeira Unger. Isso obviamente foi uma tapa na cara da ministra" Frank Guggenheim - diretor-executivo do Greenpeace

A demissão da ministra do Meio Ambiente Marina Silva ocorreu em decorrência da ação de “forças do mal” personificadas no presidente Lula e na ministra da Casa Civil Dilma Roussef. Sérgio Leitão diretor políticas públicas do Greenpeace

A ministra Marina não apenas para o governo, mas para o País, é um símbolo da persistência da luta ambiental. Uma referência importante, inclusive fora do Brasil. Aécio Neves, Governador de Minas Gerais.

A ministra fez um grande trabalho e as divergências sobre ações do governo são naturais, a tensão é normal. Maurício Rands, Líder do PT na câmara.

É uma personalidade que detém um grande reconhecimento internacional, tem profundo conhecimento de causa sócio-ambientais e vinha demonstrando um foco e um interesse de buscar soluções, de como fazer. Claudio Sales, Presidente do Instituto Avança Brasil.

Foi a crônica da morte anunciada. Ou a Marina ganhava a cabeça do presidente Lula e mostrava que a agenda ambiental é positiva ou não. Lula apenas adotou o discurso ambientalista, mas a prática é do desenvolvimento a qualquer custo. Foi uma sinalização desastrosa para a comunidade internacional, o país mostra atraso. Marina saiu por um conjunto de elementos: política do governo em relação à Amazônia; pressões da Casa Civil por licenças ambientais para usinas; e a entrega do Programa da Amazônia Sustentável ao Mangabeira (Unger). Marcelo Furtado, Diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil

O mal é sobretudo uma forma de estar no mundo?

O mal é sobretudo uma forma de estar no mundo, ou é fruto de ignorância, da escassez, da doença... , questiona João pereira Coutinho hoje na Folha

JOÃO PEREIRA COUTINHO

EU JÁ SABIA que o assunto não era pacífico. Mas insisti. Na última coluna, desci na cave do criminoso austríaco que, durante 24 anos, seqüestrou, violou e engravidou a própria filha. E uma parte dos leitores se recusou a descer comigo. Pior: alguns escreveram para esta Folha, indignados com o cronista. Não gostaram do tom cômico da prosa e das meditações pessoais sobre o mal.
O tom cômico é inevitável, meus amores. Uma coisa é violar a filha. Outra é seqüestrá-la durante 24 anos. Tudo isso é tragédia. Ou, como dizem os ingleses, "no laughing matter". Mas juntar duas tragédias num crime só, peço desculpas, é furar os limites do imaginável. Quando tal acontece, a nossa racionalidade é jogada em território virgem e absurdo. E isso é comédia.
Aliás, o próprio criminoso tem contribuído para a farsa. Nos últimos dias, os jornais europeus relataram as declarações de Josef Fritzl na cadeia. São declarações que procuram justificar os seus atos. E que me fazem rebolar de riso.
Segundo Fritzl, a filha andava com "más companhias". Fumava. Bebia. Provavelmente namorava. Seqüestrá-la e violá-la durante 24 anos foi uma forma de a afastar das drogas, dos rapazes e das discotecas. Haverá alguém que duvide da eficácia do método?
Claro que, confrontados com a terapia, talvez seja possível dizer que 24 anos em cativeiro são um exagero. O próprio Fritzl admite que sim. Mas a culpa não é dele, acrescenta em novas declarações. A culpa é dos nazistas, afirma ainda, que incutiram nele uma educação de disciplina e intolerância. Não sei se os nazistas tinham por hábito seqüestrar e violar as próprias filhas. Mas percebo a idéia.
Como conclusão, Fritzl tem queixas do jornalismo e da forma como é retratado pela mídia. "Não sou um monstro", diz ele. Discordo. Ele é um monstro, sim. Mas um monstro da comédia.
E chegamos ao problema do mal. Por que motivo uma parte generosa dos leitores não tolera a palavra "mal" para explicar o caso?
Questão de civilização, creio. A estrutura intelectual do Ocidente, na qual vivemos e pensamos, assenta na idéia otimista de que o mal nasce da ignorância. Ou, inversamente, só o conhecimento permite uma vida virtuosa, como diria Platão pela boca de Sócrates. Quando os seres humanos se aproximam da luz da razão, a ignorância deixará de ter lugar nas suas condutas. Porque o mal é fruto da ignorância.
O Iluminismo continental do século 18 acabaria por retomar e aprofundar essa "philosophia perennis": pelo exercício da razão, seria possível regenerar as iniqüidades que afligem a condição humana e, por arrastamento, regenerar os próprios seres humanos. E as grandes "teologias políticas" que saíram desse caldo apontaram na mesma direção.
O mal nasce da pobreza, material ou cultural; pela redistribuição eqüitativa dos recursos, materiais ou educacionais, o mal será vencido e a humanidade poderá marchar rumo ao supremo bem.
E, se a redistribuição eqüitativa dos recursos não resolve os problemas, então o mal é fruto da doença ou da loucura. Estamos na presença da "medicalização do mal", uma constante nos sistemas jurídicos das democracias liberais.
É essa "medicalização do mal" que tem crescentemente substituído a idéia terrível (e antiiluminista, e antiotimista, e anticivilizacional) de que o mal é sobretudo uma forma de estar no mundo. Não é fruto da ignorância, da escassez, da doença. É uma qualidade intrínseca da nossa humanidade. E, ao ser uma qualidade intrínseca, é também tocada por uma sombra de mistério: exatamente como as restantes qualidades humanas -o amor, a compaixão, o sacrifício- que nenhum tratado filosófico, médico ou psicanalítico será alguma vez capaz de explicar inteiramente.
Os seres humanos são capazes de tudo; de matar, torturar ou humilhar com pleno conhecimento das suas ações. Eles são, como no poema de William Ernest Henley, curiosamente citado pelo bombista Timothy McVeigh minutos antes de ser executado, "senhores do seu destino" e "capitães da sua sorte".
Mas o lado redentor é que eles também são capazes do oposto: de amar e de ser amados; de dar alento a quem precisa; e de condenar, sem fugas ou desculpas, condutas objetivamente desumanas.
Os leitores não devem temer palavras. Devem temer atos. Porque são atos que nenhum sistema ou terapia será capaz de erradicar da nossa frágil e complexa condição

domingo, 11 de maio de 2008

O Brasil bonito na foto ?!

Parece que falar do Brasil está mesmo na moda. O Jornal inglês The Guardian, (leia aqui o artigo original) dedica longa reportagem neste sábado a falar que o Brasil -gigante adormecido-, começa a acordar. Achei o tom da reportagem bastante otimista quando fala que milhões de brasileiros estão sendo promovidos à “classe média” depois do controle da inflação e forte valorização do real frente ao dólar. Destaca que o responsável pelas melhorias é a grande demanda mundial por commodities como minério de ferro, laranja, soja etc. Fala ainda da conquista do grau de investimento e das descobertas de petróleo na bacia de santos, liderança em biocombustíveis ou seja, o país tem tudo pra deslanchar bla,bla ,bla e que temos uma das maiores taxas de “geração” de novos milionários. Acontece porém, que sem querer soar pessimista, ser um grande produtor de commodities significa depender demais do crescimento dos outros e nessa altura, seria melhor que tivéssemos na pauta de exportação produtos de maior volume agregado mas, antes assim. No final da matéria, chamam atenção para os problemas estruturais que o país possui mas de maneira geral, pintam um quadro positivo o que não deixa de ser bacana. Bem melhor do que outras matérias negativas como a absolvição do mandande do assassinato da freira Dorothy no Pará.