Coletei algumas falas de figuras representativas a respeito da saída da ministra Marina Silva do governo, que dizem muito sobre quais forças saem vencedoras desse embate envolvendo o presidente Lula, o Prof. Mangabeira, os ministros da Agricultura e Infra-estrutura, além dos pecuaristas e associações de agricultores e assemelhados.
A demissão da Mininistra, é uma enorme perda para o governo Lula que desta vez vacilou naquele que seria um ponto especialmente importante.
Uma vez mais, a ganância travestida de desenvolvimento, triunfou.
"As forças mais destrutivas para a Amazônia exigiam a saída dela. O governo Lula deu o Plano Amazônia Sustentável (PAS) na mão do Mangabeira Unger. Isso obviamente foi uma tapa na cara da ministra" Frank Guggenheim - diretor-executivo do Greenpeace
"Ela era muito radical, tinha tudo para fazer uma boa gestão, o setor sempre esteve pronto (para dialogar), mas o diálogo era impossível", disse Glauber Silveira, presidente da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja do Mato Grosso).
"Espero que quem assumir estabeleça um diálogo. O Brasil não pode abrir mão da sua vocação para produzir alimentos", disse à BBC Brasil o deputado Homero Pereira (PR), presidente licenciado da Famato (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso).
"Independentemente do motivo, é uma perda grande para o governo e para o país. É uma ministra excelente que conhece bem o funcionamento do ministério e do partido"
José Eduardo Cardozo – secretário-geral do PT.
"O ministério cumpriu sua missão e cumpriu de maneira muito boa. Esse assunto é de foro íntimo da ministra e só ela pode explicar os motivos" Sibá Machado - senador (PT-AC)
"As propostas que apresentávamos, os problemas como área legal, ela fazia ouvidos moucos. Acredito que o bom senso agora deve prevalecer. O meio ambiente é uma ciência e não deve ser tratado ideologicamente. Ideologia é inimiga do meio ambiente"
Alberto Lupion - agropecuarista e empresário
"É um desastre para o governo Lula. Se o governo tinha uma credibilidade mundial na questão ambiental era por causa da ministra Marina" José Cardoso da Silva - vice-presidente para a América do Sul da Conservação Internacional
"Espero que o próximo ministro não seja tão radical quanto a Marina. Ela era uma barreira para o desenvolvimento econômico do Brasil" Rui Prado - presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do MT
A Ministra Marina era "o ultimo anjo da guarda do meio ambiente" no governo chegou a afirmar o diretor do Greenpeace que se mantém cético quanto à escolha do substituto de Marina. Frank Guggenheim - diretor-executivo do Greenpeace
"Trata-se de uma clara demonstração de que a área ambiental não tem espaço no atual governo. Ela tentou, em vão, construir uma política transversal de desenvolvimento sustentável, que envolvesse todos os ministérios e não apenas o MMA. Provavelmente, as seguidas frustrações nesse sentido motivaram seu pedido de demissão" Denise Hamú - secretária-geral do WWF-Brasil"
Eu desejo, que se for possível, haja uma reconsideração por parte da ministra"
Ideli Salvatti (PT-SC) - líder do partido no Senado
"Uma pessoa que tem o histórico da senadora Marina e que seja um referencial, inclusive lá fora, perante a comunidade ambientalista do mundo, acho muito difícil encontrar substituto à altura. Tomara que o governo não tenha feito a opção do desenvolvimento em detrimento do meio ambiente" Jefferson Peres (PDT-AM) – senador.
"É uma pessoa que tem capacidade de aglutinação muito grande. A equipe toda era muito leal a ela. Por respeito a ela como pessoa da área, mas também como dirigente, uma pessoa carinhosa com a equipe" José Machado - diretor-presidente da Agência Nacional de Águas
"As forças mais destrutivas para a Amazônia exigiam a saída dela. O governo Lula deu o Plano Amazônia Sustentável (PAS) na mão do Mangabeira Unger. Isso obviamente foi uma tapa na cara da ministra" Frank Guggenheim - diretor-executivo do Greenpeace
A demissão da ministra do Meio Ambiente Marina Silva ocorreu em decorrência da ação de “forças do mal” personificadas no presidente Lula e na ministra da Casa Civil Dilma Roussef. Sérgio Leitão diretor políticas públicas do Greenpeace
A ministra Marina não apenas para o governo, mas para o País, é um símbolo da persistência da luta ambiental. Uma referência importante, inclusive fora do Brasil. Aécio Neves, Governador de Minas Gerais.
A ministra fez um grande trabalho e as divergências sobre ações do governo são naturais, a tensão é normal. Maurício Rands, Líder do PT na câmara.
É uma personalidade que detém um grande reconhecimento internacional, tem profundo conhecimento de causa sócio-ambientais e vinha demonstrando um foco e um interesse de buscar soluções, de como fazer. Claudio Sales, Presidente do Instituto Avança Brasil.
Foi a crônica da morte anunciada. Ou a Marina ganhava a cabeça do presidente Lula e mostrava que a agenda ambiental é positiva ou não. Lula apenas adotou o discurso ambientalista, mas a prática é do desenvolvimento a qualquer custo. Foi uma sinalização desastrosa para a comunidade internacional, o país mostra atraso. Marina saiu por um conjunto de elementos: política do governo em relação à Amazônia; pressões da Casa Civil por licenças ambientais para usinas; e a entrega do Programa da Amazônia Sustentável ao Mangabeira (Unger). Marcelo Furtado, Diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil
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4 comentários:
Ri, fico me perguntando: se a Marina era tão querida no governo (pelo menos pelas pessoas que se declararam tristes com a sua saída), por que não houve uma espécie de "golpe de estado" para protegé-la? Todo mundo têm o rabo preso nessas horas. O Brasil e o mundo sairam perdendo com essa defensora do ambiente. Agora, sei que não tem nada a ver, mas ela bem que poderia passar no Soho para fazer um corte e um extreme makeover, não é? Essa imagem desalinhada de esquerda já não está mais "in".
Ha,ha,ha ! ela não é uma estrela hollywoodiana. É uma Acreana do pé rachado e do pito amassado ! Uma mulher admiravel porém, como ninguem é perfeito, faltou o "sex appeal" mas aí ja seria demais né ? Já pensou ela como a Scarlett Johansson ? Não teria nem sobrevivido lá na floresta rs,rs,rs.
A natureza é sábia minha cara.
Sem dúvida uma grande perda.Para o governo e também para o país.Se houvesse vontade política o governo poderia implementar um projeto que poderia ser de grande ajuda na preservação da amazônia.É o seguinte:Incentivar a integração de agricultura(Grãos) e pecuária nos milhôes de hectares de pastagens degradadas em regiões com vocação agrícola.Isso poderia dobrar a produção agrícola e quadruplicar a produção de carne bovina sem derrubar uma árvore.Também precisa mais incentivos aos proprietarios de terra, nativos etc da região amazônica.Todos necessítam de renda.Então como já disse uma Maluca aí "Enquanto uma árvore deitada valer mais que uma em pé,ñ vai parar de cair árvore".Nos EUA por exemplo derrubaram todas.Acho que floresta lá é só em parque Nacional.Pelo jeito estamos no mesmo caminho...
Olha Herculano, essa conversa do aproveitamento de áreas de pastagens degradadas para plantio etc, é assunto recorrente entre ambientalistas. Dez entre dez especialistas afirmam que só isso já seria o suficiente para conter o avanço do dematamento e evitar outros tantos danos ao meio ambiente. O que nunca fica claro é porque isso não acontece ??? Curioso isso, não? Se é tão simples porque não ocorre ? Alguem tem alguma ideia ?
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