sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Verbetes - Manipulação Midiática

Tutela: É o sinônimo que a mídia dá a ocupação do Iraque pelos Estados Unidos da América.

Ditador: É a denominação que a mídia dá a um presidente eleito democraticamente que age de acordo com a Constituição. Exemplo: Hugo Chávez.

Presidente: É a denominação que a mídia dá a quem aprova leis ditatoriais, invade nações para apossar-se de suas riquezas, assassina mais de um milhão de seres humanos; constrói muros segregacionistas; é contra o Tribunal Penal Internacional e os protocolos de Kioto. Exemplo: George W. Bush.

Incursão: Assim a mídia denomina a invasão de um país.

Terrorista:
Assim a mídia denomina o revolucionário que luta contra o jugo colonialista. Exemplo: iraquianos, afegãos e palestinos.

Suicida: Denominação que a mídia dá ao prisioneiro assassinado pelos americanos nas prisões de Abu-Ghraib e Guantánamo.

Ataque cirúrgico: Assim a mídia repercute quando um míssil estadunidense erra o alvo e causa a morte de civis. Três exemplos:
1)Assassinato da filha de cinco anos do presidente líbio, Muammar Kadhafi, em 1986;
2)Abate de um avião civil iraniano com 298 passageiros e tripulantes em 1988. Não houve sobreviventes.
3)Destruição de uma indústria farmacêutica no sudão em 1998.

Seqüestro: Se um soldado israelense é capturado quando invade o Líbano ou a Palestina, a mídia diz que foi seqüestro.

Captura:
Se um palestino ou libanês é seqüestrado pelas tropas invasoras, a mídia diz que foi capturta.

Incidente:
Dá-se quando tropas de Israel ou dos Estados Unidos massacram centenas de civis palestinos, iraquianos e afegãos.

Massacre:
Dá-se quando palestinos, iraquianos e afegãos matam dois ou três soldados de Israel ou Estados Unidos.

Assentamento
: Denominação que a mídia dá à usurpação de terras palestinas por invasores israelenses.

Conflito: Assim a mídia denomina a invasão e ocupação da Palestina por tropas de Israel.

Revista Caros Amigos. Ago 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Os senhores da Guerra

A volta da Rússia !?


Noventa e quatro anos atrás, um acontecimento na região e coincidentemente no mês de agosto, desencadeou a 1ª guerra mundial. Eu acredito em coincidências mas é curioso, não é? Agora –considerando minha tenra idade e algumas lembranças-, o que eu observo nessa escaramuça na Geórgia é o sinal do início da recomposição das antigas tendências geopolíticas da região pois, que eu me lembre, a Rússia está apenas retomando sua vocação imperial ajudada pela aposta infeliz da Geórgia. Putin mostrou as cartas. Possui o terceiro maior orçamento do mundo, armas nucleares, um milhão de soldados e detém ainda o trunfo de maior fornecedor de energia para a europa. A Alemanha ainda cura feridas da derrota na 2ª guerra e já recusou (sabiamente) a entrada da Geórgia na OTAN.
Basicamente a novidade destes novos tempos é a china que está despertando de séculos de privação...
Fico pensando se viverei o suficiente para ver o desfecho desse “redesenho” que se avizinha, mas que será fascinante, não tenho dúvidas.
Esse papo me dá saudades da minha mãe que foi minha professora de história é não por ser minha mãe, foi a melhor que eu já vi. Se eu estivesse por lá ela me falaria por horas sobre como tudo vem acontecendo desde o final do século XIX. Ultimamente ela anda meio calada, mas se inquirida e provocada destampa a falar que dá gosto ouvir. Saudades!
Fiquei pensativo se o blog anda chato, denso ou as duas coisas, mas eu preciso ao menos tentar entender o mundo e o tempo em que eu vivo...
Bem, eu ia dizendo que anotei vários artigos interessantes que podem ser lidos clicando aqui.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Infecção Hospitalar

Novamente o alerta da anvisa saiu hoje nos telejornais. O país vive uma "emergência epidemiológica" causada por uma bactéria presente em equipamentos de cirurgia, chamada micobactéria e recomenda: Cirurgias que não sejam de emergências devem ser adiadas. Essas infecções estão relacionadas às falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização de equipamentos e produtos médicos. Segundo os infectologistas na grande maioria dos serviços de saúde investigados, os instrumentos cirúrgicos foram submetidos somente ao processo de desinfecção, e não à esterilização, como é preconizado na legislação para a eliminação da bactéria.
Só mais um para nossa coleção de absurdos. Para saber um pouquinho mais sobre o que se passa em grande parte das clínicas de cirurgias plásticas e alguns serviços de saúde, clique aqui.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O que não é noticiado

Segundo Georges Bourdoukan:

A Associação de Imprensa Estrangeira em Israel e na Palestina condenou com veemência a decisão do Exército israelense de não processar os soldados que assassinaram o jornalista Fadel Shana, da Reuter.
Fadel foi assassinado no dia 16 de abril, com um tiro de canhão disparado por um tanque israelense quando filmava a repressão contra adolescentes palestinos.
Na ocasião, a repressão israelense assassinou oito adolescentes e Fadel acabou pagando com a vida porque estava gravando a brutalidade.
Esse tipo de informação, naturalmente você não vai ler na mídia.

Jornais velhos

Clique sobre a figura para ampliar


Tenho a mania de acumular jornais para utilizar como forração para o banheiro da Zahra. E acho curioso que aproximadamente 70% das vezes que retiro algum daquela pilha de Jornais e o estendo no chão, vejo alguma coisa que provavelmente me passou despercebido e então volto com ele do chão para o sofá... Bom, disso resulta que eu atraso o que ia fazer e a Zahra cansada de esperar o set-up do banheiro, faz xixí diretamente no chão. Hoje mesmo quando eu acabei de estender o jornal no piso, lá estava um artigo do Contardo onde ele trata da ”Era da Condicionalidade” ancorando-se naquela estória do casal de transexuais onde o homem ficou grávido. Assunto intrigante, esse voltou diretamente do quase- banheiro da Zahra para meu caderno de anotações, clique aqui para ler.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Azenha

NA GUERRA DA INFORMAÇÃO, INDÍGENAS SÃO O "INIMIGO INTERNO"

Fonte:Vi o mundo

Vivemos um momento extraordinário, em que a produção, a disseminação e o controle da informação são utilizados tanto por estados quanto por entes privados para a produção de "consensos". Não é exatamente uma novidade. É que, na presença de múltiplas fontes de informação, os canhões midiáticos se multiplicam e atiram sobre nós incessantemente. Atiram mentiras, informação manipulada, cuidadosamente selecionada ou deturpada.
Na Bolívia, a delegação do Mercosul que acompanhou o referendo revogatório notou: assim que as urnas foram fechadas, a mídia corporativa passou a destacar não a vitória nacional de Evo Morales com 63%, mas o NÃO majoritário nos estados da Meia Lua. Não notou que Evo, eleito com 53%, saltou para 63% de aprovação, mas o SIM majoritário dos governadores que se opõem a Evo. Quando o presidente discursava em La Paz a mídia boliviana mostrava entrevistas com os governadores de oposição.
No Brasil, Eduardo Guimarães analisou como a mídia corporativa brasileira atacou duas pesquisas, uma da FGV e outra do IPEA, que demonstraram o crescimento da classe média e a redução da pobreza no Brasil. É óbvio que é preciso desmoralizar as pesquisas, já que elas contradizem o discurso segundo o qual tudo o que aconteceu de bom no país nos últimos vinte anos foi resultado da presença abençoada de FHC, uma narrativa essencial para eleger José Serra em 2010.
E eu me espanto ao notar que o metralhar da mídia é muito eficaz, especialmente quando combina com um preconceito existente na população. Durante meses a mídia brasileira bombardeou o público com a idéia de que os indígenas representam uma ameaça à soberania do Brasil na Amazônia, um discurso que serve exclusivamente ao agronegócio e às mineradoras. A mídia não diz:

1) Que as terras indígenas são da União e, portanto, nunca deixam de ser do Brasil; apenas o usufruto é dos indígenas;

2) Que a Polícia Federal e o Exército são livres para atuar em terras indígenas;

3) Que o Exército tem bases em todas as reservas situadas em área fronteiriça;

4) Que são os brasileiros que estão invadindo outros países (Bolívia, Paraguai, Venezuela e Guiana, por exemplo) e não vice-versa;

5) Que dezenas de indígenas foram mortos desde o início da campanha pela demarcação da Raposa/Serra do Sol em múltiplos incidentes violentos.

Ao divulgar apenas os fatos que justificam a tese dos "índios imperialistas", a mídia brasileira contribui para distorcer o debate sobre esta e outras demarcações e para o desprezo histórico dos brasileiros brancos pelos indígenas. O roubo de terras com violência é justificável: "eles" são o inimigo interno.

Fonte:Vi o mundo

domingo, 10 de agosto de 2008

Guerra na Geórgia


Mais uma vez, sangue local escorrendo por razões nem tão locais assim. As informações ainda são desencontradas, mas anotei um artigo do “Independent” que pode ser lido aqui.
Curioso é que este é o mais grave conflito em que a Rússia se envolve desde a guerra do Afeganistão. Pela Ossétia do Sul passam oleodutos estratégicos, a Geórgia é aliada dos USA-Europa, os separatistas se aproximaram da Rússia de quem a Geórgia já foi parte, Os USA já tem sua guerra para tocar e o Putin nunca engoliu aquela independência do Kosovo... etc.
Com aparência de um conflito meramente territorial essa é também a guerra global pelo controle de energia -petróleo e gás-, que começa a desenhar-se. Trata-se de um movimento intrigante no tabuleiro geoestratégico/energético/militar, e muito perigoso para que alguém possa ignorar. Muitos interesses envolvidos, é briga de cachorro grande no xadrez geopolítico mundial.