Tutela: É o sinônimo que a mídia dá a ocupação do Iraque pelos Estados Unidos da América.
Ditador: É a denominação que a mídia dá a um presidente eleito democraticamente que age de acordo com a Constituição. Exemplo: Hugo Chávez.
Presidente: É a denominação que a mídia dá a quem aprova leis ditatoriais, invade nações para apossar-se de suas riquezas, assassina mais de um milhão de seres humanos; constrói muros segregacionistas; é contra o Tribunal Penal Internacional e os protocolos de Kioto. Exemplo: George W. Bush.
Incursão: Assim a mídia denomina a invasão de um país.
Terrorista: Assim a mídia denomina o revolucionário que luta contra o jugo colonialista. Exemplo: iraquianos, afegãos e palestinos.
Suicida: Denominação que a mídia dá ao prisioneiro assassinado pelos americanos nas prisões de Abu-Ghraib e Guantánamo.
Ataque cirúrgico: Assim a mídia repercute quando um míssil estadunidense erra o alvo e causa a morte de civis. Três exemplos:
1)Assassinato da filha de cinco anos do presidente líbio, Muammar Kadhafi, em 1986;
2)Abate de um avião civil iraniano com 298 passageiros e tripulantes em 1988. Não houve sobreviventes.
3)Destruição de uma indústria farmacêutica no sudão em 1998.
Seqüestro: Se um soldado israelense é capturado quando invade o Líbano ou a Palestina, a mídia diz que foi seqüestro.
Captura: Se um palestino ou libanês é seqüestrado pelas tropas invasoras, a mídia diz que foi capturta.
Incidente: Dá-se quando tropas de Israel ou dos Estados Unidos massacram centenas de civis palestinos, iraquianos e afegãos.
Massacre: Dá-se quando palestinos, iraquianos e afegãos matam dois ou três soldados de Israel ou Estados Unidos.
Assentamento: Denominação que a mídia dá à usurpação de terras palestinas por invasores israelenses.
Conflito: Assim a mídia denomina a invasão e ocupação da Palestina por tropas de Israel.
Revista Caros Amigos. Ago 2008
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
A volta da Rússia !?
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Noventa e quatro anos atrás, um acontecimento na região e coincidentemente no mês de agosto, desencadeou a 1ª guerra mundial. Eu acredito em coincidências mas é curioso, não é? Agora –considerando minha tenra idade e algumas lembranças-, o que eu observo nessa escaramuça na Geórgia é o sinal do início da recomposição das antigas tendências geopolíticas da região pois, que eu me lembre, a Rússia está apenas retomando sua vocação imperial ajudada pela aposta infeliz da Geórgia. Putin mostrou as cartas. Possui o terceiro maior orçamento do mundo, armas nucleares, um milhão de soldados e detém ainda o trunfo de maior fornecedor de energia para a europa. A Alemanha ainda cura feridas da derrota na 2ª guerra e já recusou (sabiamente) a entrada da Geórgia na OTAN.
Basicamente a novidade destes novos tempos é a china que está despertando de séculos de privação...
Fico pensando se viverei o suficiente para ver o desfecho desse “redesenho” que se avizinha, mas que será fascinante, não tenho dúvidas.
Esse papo me dá saudades da minha mãe que foi minha professora de história é não por ser minha mãe, foi a melhor que eu já vi. Se eu estivesse por lá ela me falaria por horas sobre como tudo vem acontecendo desde o final do século XIX. Ultimamente ela anda meio calada, mas se inquirida e provocada destampa a falar que dá gosto ouvir. Saudades!
Fiquei pensativo se o blog anda chato, denso ou as duas coisas, mas eu preciso ao menos tentar entender o mundo e o tempo em que eu vivo...
Bem, eu ia dizendo que anotei vários artigos interessantes que podem ser lidos clicando aqui.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Infecção Hospitalar
Novamente o alerta da anvisa saiu hoje nos telejornais. O país vive uma "emergência epidemiológica" causada por uma bactéria presente em equipamentos de cirurgia, chamada micobactéria e recomenda: Cirurgias que não sejam de emergências devem ser adiadas. Essas infecções estão relacionadas às falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização de equipamentos e produtos médicos. Segundo os infectologistas na grande maioria dos serviços de saúde investigados, os instrumentos cirúrgicos foram submetidos somente ao processo de desinfecção, e não à esterilização, como é preconizado na legislação para a eliminação da bactéria.
Só mais um para nossa coleção de absurdos. Para saber um pouquinho mais sobre o que se passa em grande parte das clínicas de cirurgias plásticas e alguns serviços de saúde, clique aqui.
Só mais um para nossa coleção de absurdos. Para saber um pouquinho mais sobre o que se passa em grande parte das clínicas de cirurgias plásticas e alguns serviços de saúde, clique aqui.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
O que não é noticiado
Segundo Georges Bourdoukan:
A Associação de Imprensa Estrangeira em Israel e na Palestina condenou com veemência a decisão do Exército israelense de não processar os soldados que assassinaram o jornalista Fadel Shana, da Reuter.
Fadel foi assassinado no dia 16 de abril, com um tiro de canhão disparado por um tanque israelense quando filmava a repressão contra adolescentes palestinos.
Na ocasião, a repressão israelense assassinou oito adolescentes e Fadel acabou pagando com a vida porque estava gravando a brutalidade.
Esse tipo de informação, naturalmente você não vai ler na mídia.
A Associação de Imprensa Estrangeira em Israel e na Palestina condenou com veemência a decisão do Exército israelense de não processar os soldados que assassinaram o jornalista Fadel Shana, da Reuter.
Fadel foi assassinado no dia 16 de abril, com um tiro de canhão disparado por um tanque israelense quando filmava a repressão contra adolescentes palestinos.
Na ocasião, a repressão israelense assassinou oito adolescentes e Fadel acabou pagando com a vida porque estava gravando a brutalidade.
Esse tipo de informação, naturalmente você não vai ler na mídia.
Jornais velhos
Clique sobre a figura para ampliar
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Tenho a mania de acumular jornais para utilizar como forração para o banheiro da Zahra. E acho curioso que aproximadamente 70% das vezes que retiro algum daquela pilha de Jornais e o estendo no chão, vejo alguma coisa que provavelmente me passou despercebido e então volto com ele do chão para o sofá... Bom, disso resulta que eu atraso o que ia fazer e a Zahra cansada de esperar o set-up do banheiro, faz xixí diretamente no chão. Hoje mesmo quando eu acabei de estender o jornal no piso, lá estava um artigo do Contardo onde ele trata da ”Era da Condicionalidade” ancorando-se naquela estória do casal de transexuais onde o homem ficou grávido. Assunto intrigante, esse voltou diretamente do quase- banheiro da Zahra para meu caderno de anotações, clique aqui para ler.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Azenha
NA GUERRA DA INFORMAÇÃO, INDÍGENAS SÃO O "INIMIGO INTERNO"
Fonte:Vi o mundo
Vivemos um momento extraordinário, em que a produção, a disseminação e o controle da informação são utilizados tanto por estados quanto por entes privados para a produção de "consensos". Não é exatamente uma novidade. É que, na presença de múltiplas fontes de informação, os canhões midiáticos se multiplicam e atiram sobre nós incessantemente. Atiram mentiras, informação manipulada, cuidadosamente selecionada ou deturpada.
Na Bolívia, a delegação do Mercosul que acompanhou o referendo revogatório notou: assim que as urnas foram fechadas, a mídia corporativa passou a destacar não a vitória nacional de Evo Morales com 63%, mas o NÃO majoritário nos estados da Meia Lua. Não notou que Evo, eleito com 53%, saltou para 63% de aprovação, mas o SIM majoritário dos governadores que se opõem a Evo. Quando o presidente discursava em La Paz a mídia boliviana mostrava entrevistas com os governadores de oposição.
No Brasil, Eduardo Guimarães analisou como a mídia corporativa brasileira atacou duas pesquisas, uma da FGV e outra do IPEA, que demonstraram o crescimento da classe média e a redução da pobreza no Brasil. É óbvio que é preciso desmoralizar as pesquisas, já que elas contradizem o discurso segundo o qual tudo o que aconteceu de bom no país nos últimos vinte anos foi resultado da presença abençoada de FHC, uma narrativa essencial para eleger José Serra em 2010.
E eu me espanto ao notar que o metralhar da mídia é muito eficaz, especialmente quando combina com um preconceito existente na população. Durante meses a mídia brasileira bombardeou o público com a idéia de que os indígenas representam uma ameaça à soberania do Brasil na Amazônia, um discurso que serve exclusivamente ao agronegócio e às mineradoras. A mídia não diz:
1) Que as terras indígenas são da União e, portanto, nunca deixam de ser do Brasil; apenas o usufruto é dos indígenas;
2) Que a Polícia Federal e o Exército são livres para atuar em terras indígenas;
3) Que o Exército tem bases em todas as reservas situadas em área fronteiriça;
4) Que são os brasileiros que estão invadindo outros países (Bolívia, Paraguai, Venezuela e Guiana, por exemplo) e não vice-versa;
5) Que dezenas de indígenas foram mortos desde o início da campanha pela demarcação da Raposa/Serra do Sol em múltiplos incidentes violentos.
Ao divulgar apenas os fatos que justificam a tese dos "índios imperialistas", a mídia brasileira contribui para distorcer o debate sobre esta e outras demarcações e para o desprezo histórico dos brasileiros brancos pelos indígenas. O roubo de terras com violência é justificável: "eles" são o inimigo interno.
Fonte:Vi o mundo
Fonte:Vi o mundo
Vivemos um momento extraordinário, em que a produção, a disseminação e o controle da informação são utilizados tanto por estados quanto por entes privados para a produção de "consensos". Não é exatamente uma novidade. É que, na presença de múltiplas fontes de informação, os canhões midiáticos se multiplicam e atiram sobre nós incessantemente. Atiram mentiras, informação manipulada, cuidadosamente selecionada ou deturpada.
Na Bolívia, a delegação do Mercosul que acompanhou o referendo revogatório notou: assim que as urnas foram fechadas, a mídia corporativa passou a destacar não a vitória nacional de Evo Morales com 63%, mas o NÃO majoritário nos estados da Meia Lua. Não notou que Evo, eleito com 53%, saltou para 63% de aprovação, mas o SIM majoritário dos governadores que se opõem a Evo. Quando o presidente discursava em La Paz a mídia boliviana mostrava entrevistas com os governadores de oposição.
No Brasil, Eduardo Guimarães analisou como a mídia corporativa brasileira atacou duas pesquisas, uma da FGV e outra do IPEA, que demonstraram o crescimento da classe média e a redução da pobreza no Brasil. É óbvio que é preciso desmoralizar as pesquisas, já que elas contradizem o discurso segundo o qual tudo o que aconteceu de bom no país nos últimos vinte anos foi resultado da presença abençoada de FHC, uma narrativa essencial para eleger José Serra em 2010.
E eu me espanto ao notar que o metralhar da mídia é muito eficaz, especialmente quando combina com um preconceito existente na população. Durante meses a mídia brasileira bombardeou o público com a idéia de que os indígenas representam uma ameaça à soberania do Brasil na Amazônia, um discurso que serve exclusivamente ao agronegócio e às mineradoras. A mídia não diz:
1) Que as terras indígenas são da União e, portanto, nunca deixam de ser do Brasil; apenas o usufruto é dos indígenas;
2) Que a Polícia Federal e o Exército são livres para atuar em terras indígenas;
3) Que o Exército tem bases em todas as reservas situadas em área fronteiriça;
4) Que são os brasileiros que estão invadindo outros países (Bolívia, Paraguai, Venezuela e Guiana, por exemplo) e não vice-versa;
5) Que dezenas de indígenas foram mortos desde o início da campanha pela demarcação da Raposa/Serra do Sol em múltiplos incidentes violentos.
Ao divulgar apenas os fatos que justificam a tese dos "índios imperialistas", a mídia brasileira contribui para distorcer o debate sobre esta e outras demarcações e para o desprezo histórico dos brasileiros brancos pelos indígenas. O roubo de terras com violência é justificável: "eles" são o inimigo interno.
Fonte:Vi o mundo
domingo, 10 de agosto de 2008
Guerra na Geórgia
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Mais uma vez, sangue local escorrendo por razões nem tão locais assim. As informações ainda são desencontradas, mas anotei um artigo do “Independent” que pode ser lido aqui.
Curioso é que este é o mais grave conflito em que a Rússia se envolve desde a guerra do Afeganistão. Pela Ossétia do Sul passam oleodutos estratégicos, a Geórgia é aliada dos USA-Europa, os separatistas se aproximaram da Rússia de quem a Geórgia já foi parte, Os USA já tem sua guerra para tocar e o Putin nunca engoliu aquela independência do Kosovo... etc.
Com aparência de um conflito meramente territorial essa é também a guerra global pelo controle de energia -petróleo e gás-, que começa a desenhar-se. Trata-se de um movimento intrigante no tabuleiro geoestratégico/energético/militar, e muito perigoso para que alguém possa ignorar. Muitos interesses envolvidos, é briga de cachorro grande no xadrez geopolítico mundial.
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