sexta-feira, 16 de abril de 2010

John Fruciante e Jeff Beck

Com algum atraso comento duas coisinhas noticiadas semana passada: A primeira e que não entendí, foi a eleição de Jonh fruciante como o melhor guitarrista dos últimos 30 anos porque embora seja um cabra bom eu o colocaria no máximo na nona posição, ora essa! E a segunda, foi a falação em torno do novo Jeff Beck “Emotion & Commotion”, no qual não apenas apresenta riffs de rock, mas também explora os mundos da ópera e standards com “Nessun Dorma” de Puccini e “Over the Rainbow” de Arlen & Harburg. Aos 65 anos e com quase 45 anos de carreira, Beck diz que não sente qualquer restrição criativa. Tá certo. Ele pode tudo mesmo. Falando nisso, semana passada desempoerei um vinil dele, o guitar shop e matei a saudade ouvindo ...Where were You, do tempo que a gente andava com LP's debaixo do braço nos sábados a tarde rumo a casa dos amigos para aplicadas sessões de discotecagem esfumaçadas/etílicas e inebriantes na esperança de que "ela" também aparecesse por lá, pois não haviam inventado os malditos celulares ainda.
Tardes e noites fumarentas com muita discussão sobre temas variados, música, álcool, pisicoatividade, amores, laricas, filmes, expectativas, festas sem hora para acabar... Sempre voltávamos pra casa com um livro, uma fita K-7 e/ou um disco diferente. Assim eram os downloads (risos!)
Não que eu não goste de tecnologia e dos tempos atuais mas que são tempos mais caretas, não dá pra negar. E o celular foi a bala de prata na expectativa e na surpresa. Só quem viveu sem os malditos, sabe.
Mas navegar é preciso e hoje é dia de festa e, quem sabe ela não aparece por lá!?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Da nossa relação com os livros

Reproduzo crônica necessária de Ronaldo Correia Couto no terra magazine sobre o amor aos livros.

Onde botar os livros?

"Ainda lerei Os Buddenbrooks, de Thomas Mann? Provavelmente não. Já atravessei as centenas de páginas de A Montanha Mágica, romance considerado por Ítalo Calvino como a introdução mais completa à cultura do século XX. De quebra, li as novelas Morte em Veneza, O Eleito e Tônio Kröger. Chega de Mann. Nem pelo Doutor Fausto ou José e Seus Irmãos eu me aventurarei mais.
E por que teimo em guardar os livros se tenho certeza que nunca os lerei? Por cupidez ou esquecimento. Mais provavelmente porque os deixei na oitava prateleira de minha estante monumental, onde quase nunca os alcanço. Amamos até mesmo os que nunca lemos, pois eles fazem parte de nossa história. O desmonte de uma biblioteca nos obriga a repensar o significado dos livros, a avaliar se continuamos ou não com eles, a desfazer um contrato amoroso que dura trinta ou quarenta anos ...(continua)

domingo, 11 de abril de 2010

EU ☂ SP

Anteontem, tive ímpetos de esganar um jeca de uma cidade fronteiriça com a Bolívia que estava numa mesa ao lado, quando ele querendo bancar o engraçadinho berrou: “Em São Paulo basta chover para as pessoas se sentirem européias”, referindo-se ironicamente a avalanche de belíssimas mulheres metidas em sobretudos elegantes que cruzavam a Av. dos Imarés as 18:00 horas debaixo do frio e garoa que me alegravam o coração já aquecido pela segunda dose de macieira. Não retruquei como gostaria, não só pelo tamanho do vaqueiro executivo, mas por entender o despeito mal disfarçado dele, por não poder desfrutar das diferentes estações do ano, lá onde chamam de inverno, a chuva, mesmo que as temperaturas continuem siderúrgicas.
Alguma coisa acontece no meu coração quando estou nessas esquinas contemplativo... e me lembrei do Andy Warhol que dizia quando morava no interior da Pensilvânia, que tinha a desconfortável sensação de que estava perdendo alguma coisa, que a vida de fato estava acontecendo lá em New York e ele não estava participando... É o mesmo tipo de sentimento que me tortura quando estou ausente da cidade.
Viver em São Paulo, estar partícipe e imerso é não padecer da desconfortável sensação tão bem descrita por Warhol que áliás, está em exposição imperdível na Estação Pinacoteca a duas quadras daqui.
Daí que lá pelo terceiro macieira, tive um estalo e comecei a lembrar das diferentes São Paulo que conheci morando em lugares distintos desde que adotei a cidade: Arujá, Vila mariana, Ferraz, Guarulhos, São Miguel, Centro(copan), Vila Diva, Tatuapé, Santana, Bela Vista, Vila mariana, Centro(martinho prado), Paraíso, Centro (Copan novamente), Higienópolis, Pinheiros, Imirim, Aclimação, Santa Efigênia, Aclimação de novo e Luz.
Agora a pouco me chegou pelo twitter uma dica de um site muito bacana sobre essa louca cidade que informa:

Curiosidades da Metrópole

.A cidade de São Paulo tem um território de 1.522 km2
.População na cidade é 11.037.593 milhões
.Considerado o entorno, São Paulo totaliza 19.223.897 habitantes sendo o 2º maior aglomerado populacional do mundo, atrás de Tóquio.
.A taxa de alfabetização está em 95,4% da população.
.O PIB da cidade de São Paulo em 2007 foi de quase R$ 320 bilhões
.O PIB da cidade de São Paulo corresponde a 15% do PIB da América do Sul
.Restaurantes? São mais de 12.500 na cidade!
.A cidade conta hoje com 50 shoppings centers
.As pizzarias da cidade são 6.000 e produzem mais de 1.000.000,00 de pizzas por dia ou 720 por minuto
.O bairro do Bom Retiro fatura anualmente cerca de R$ 10.000.000.000,00
.A temperatura média em São Paulo fica entre 15,8ºC (inverno) e 22,4º (verão)
.A Serra da Cantareira (ZN), é considerada a maior Floresta Urbana Natural do Mundo
.São Paulo é a maior cidade libanesa fora do Líbano
.São Paulo é 3ª maior cidade italiana do mundo
.É considerada a melhor Pizza do Mundo a Pizza feita na cidade de São Paulo
.O nome do bairro Freguesia do Ó tem como origem uma reza chamada Antífonas de Véspera sempre iniciadas por "Oh"
... (continua no site: São Paulo Metrópole)