quarta-feira, 14 de abril de 2010

Da nossa relação com os livros

Reproduzo crônica necessária de Ronaldo Correia Couto no terra magazine sobre o amor aos livros.

Onde botar os livros?

"Ainda lerei Os Buddenbrooks, de Thomas Mann? Provavelmente não. Já atravessei as centenas de páginas de A Montanha Mágica, romance considerado por Ítalo Calvino como a introdução mais completa à cultura do século XX. De quebra, li as novelas Morte em Veneza, O Eleito e Tônio Kröger. Chega de Mann. Nem pelo Doutor Fausto ou José e Seus Irmãos eu me aventurarei mais.
E por que teimo em guardar os livros se tenho certeza que nunca os lerei? Por cupidez ou esquecimento. Mais provavelmente porque os deixei na oitava prateleira de minha estante monumental, onde quase nunca os alcanço. Amamos até mesmo os que nunca lemos, pois eles fazem parte de nossa história. O desmonte de uma biblioteca nos obriga a repensar o significado dos livros, a avaliar se continuamos ou não com eles, a desfazer um contrato amoroso que dura trinta ou quarenta anos ...(continua)

Um comentário:

Indra disse...

A minha relação com os livros é de total apego. E não tenho vergonha disso. Os livros são os meus melhores amigos que me salvam em QUALQUER situação na que me encontro. Pensando sobre a vida? A Montanha Mágica. Triste? Zen e a Arte da Manutenção da Motocicleta. Leve? Qualquer de Machado de Assis. Inteligente e interessante? Cortázar. Romántica? Benedetti. Sempre Benedetti! Tenho um amigo para cada momento da vida. Adoro. Os carregarei sempre por meus caminhos da vida!