Passados mais 10 anos da disputa entre os moradores da área central da cidade, poder público pressionado e as incorporadoras proprietárias dos terrenos onde havia o último pedacinho de mata primitiva no centro da cidade, foi inaugurado hoje, finalmente, o tão esperado Parque Augusta.
No bosque, além de um cedro rosa com mais de um metro de diâmetro, tem outras tantas nativas da mata atlântica e vi lá uma embaúba de uns 15 metros de altura, Jerivá, figueiras etc... e ouvi dizer que muitas espécies de aves em risco de extinção que encontraram abrigo ali em todos esses anos em que a área permaneceu fechada continuam presentes ali e protegidas.
A ansiedade era grande, principalmente para saber como seria o parque e qual não foi minha surpresa ontem quando entrei no local, pois ficou tão bacana, tão aconchegante e com espaços variados para todos gostos, idades, pets e muito mais....
Por ser o primeiro dia, estava muito lotado e mesmo assim pude relaxar alguns momentos debaixo de um jequitibá, quem diria!? Para ver algumas fotos clique aqui.
A despeito de críticas pontuais como a de que a prefeitura indenizou as incorporadoras pagando o dobro ou o triplo do valor às construtoras através de certificados, concessões etc, pela primeira vez o interesse coletivo ganhou uma do mercado imobiliário que planejava erguer no local, três ou quatro arranha-céus para que uns poucos endinheirados pudessem desfrutar do último bosque da cidade com “exclusividade”.
Então só temos que comemorar e aproveitar agora.
Justamente a um mês de comemorar 40 anos desde que cheguei aqui, ganhar esse parque foi um presentão e me lembrei de uma uma frase do Arrigo Barnabé sobre a cidade; “São Paulo, quem bebe desse veneno não morre em outro lugar”