Lamento enormemente a partida do Paulo Mendes da Rocha que para mim representava um tipo forte de antídoto à burrice em todos os níveis, mas ele para além de sua genialidade, simbolizava acima de tudo uma resistência contra a imperiosidade do consumismo, do corporativismo e da covardia imobiliária com as cidades -com a cumplicidade da classe merdia e alta-, tão bem exemplificada no lucro custe o que custar, em detrimento de um urbanismo minimamente civilizado.
Como admirador, durante anos eu guardei algumas entrevistas dele e resgatei agora uma de 2004 (se não me engano), que é profética e permanece atualíssima e imperdível para quem se interessa por arquitetura e urbanismo.
Vá em paz, Paulo. Boa viagem!
** Atualização:
Jornal da USP fez uma matéria bem bacana sobre ele aqui.