sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Cronologia dos golpes de estado no Brasil
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Pode ser que tenha faltado algum, mas já dá pra ter uma ideia do desapreço brasileiro pela legalidade e inclinação para os casuísmos /” jeitinho”. E no final fica sempre a pergunta; Torcer as regras por conveniência para golpear a legalidade não é também uma forma de corrupção? Logo ela que sempre esteve no centro e entre os pretextos favoritos para os golpes por maior que possa ser esta contradição!?
Vamos a eles:
1º Golpe
1840: Posse de Pedro II através de golpe parlamentar antecipando a maioridade de Pedro aos 14 anos para que ele pudesse assumir e que ficou conhecido como golpe da maioridade.
2º Golpe
1889: D. Pedro 2º foi deposto pelos militares do Rio de Janeiro e banido do país com toda sua família e assume o marechal Deodoro da Fonseca.
3º Golpe
1891: Com a renúncia de Deodoro da Fonseca, assumiu o vice, Floriano Peixoto. A Constituição mandava que fossem realizadas novas eleições. Floriano ignorou a constituição governando com mão de ferro até 1894. Chamaram-no "Golpe do Marechal de Ferro".
4º Golpe
1930: Getúlio Vargas é derrotado na eleição presidencial e lidera uma revolta que termina na deposição do presidente Washington Luiz, pelos militares do Rio de Janeiro.
5º Golpe
1937: Getúlio Vargas fechou o Congresso, cm o apoio dos militares integralistas e suspendeu a eleição presidencial que marcara, criando a ditadura do Estado Novo.
6º Golpe
1945: Os militares depuseram Getúlio Vargas, que convocara eleições para eleger seu sucessor. Elas deveriam ser realizadas em dezembro, mas Getúlio foi deposto em outubro e tomou posse o presidente do Supremo Tribunal Federal.
7º Golpe
1955: O presidente era Café Filho que precisou se retirar por problemas cardíacos. Deixou em seu lugar o presidente da câmara Carlos Luz, que demitiu o ministro da Guerra, Henrique Lott, e em poucas horas foi deposto pelos militares. O Congresso então providenciou um impeachment para Carlos Luz e empossou o presidente do Senado, Nereu Ramos.
8º Golpe
1961: Jânio Quadros renuncia e os ministros militares não concordaram com a posse do vice-presidente João Goulart. Com o país à beira de uma guerra civil, em poucos dias o Congresso votou uma emenda parlamentarista, golpeando e mutilando os poderes do presidente Jango, que finalmente assumiu.
9º Golpe
1964: Insuflados por uma parcela da população, inicia-se uma revolta militar. O presidente Jango desiste do confronto e o presidente do Congresso declara vaga a presidência da República, extinguindo o mandato de João Goulart que teve que fugir para o Uruguai e assumiu então o Marechal Humberto Castelo Branco.
10º Golpe
1968: Chamado golpe dentro do golpe, o marechal Costa e Silva assume o poder e baixa o Ato Institucional nº 5, que fechou o Congresso e suspendeu as liberdades, mergulhando o país no mais tenebroso período da história recente onde floresceu a tortura e desaparecimentos de pessoas contrárias ao regime.
11º Golpe
1969: O Marechal Costa e Silva, sofreu um AVC e ficou incapacitado. Os três ministros militares então avisaram o vice Pedro Aleixo, que ele não assumiria e formaram uma Junta Militar para governar dando continuidade ao regime até 1985, quando houve a redemocratização do país.
12º ?!! 2015
Esboça-se e avizinha-se mais um jeitinho, um novo golpe encabeçado pelos políticos derrotados na eleição de 2014 em aliança, com a mídia partidarizada e oligarca que martela dia e noite a corrupção de um partido e santifica os demais, insuflando segmentos sociais insatisfeitos com o partido dos trabalhadores no poder pela 4º vez consecutiva eleito pelo voto popular. Para dar uma aparência de legalidade ao golpe estão sendo gestada e alimentada uma crise com o objetivo de jogar a população contra a presidente eleita e um artifício jurídico como sempre, para envernizar o golpe, que são as tais "pedaladas fiscais" que apesar de indesejáveis, são apenas jogadas contábeis praticadas desde sempre por todos os governantes, sem nunca ter sido objeto de querelas e muito menos indignação.
Se o golpe vai triunfar novamente depois do mais longo período de democracia da historia brasileira, ainda não sabemos, mas os tempos agora são outros, a nação está dividida e pode ser que a aventura acabe mal, em violência ou jogando o país na vala das republiquetas condenadas a viverem eternamente de golpe em golpe. A Conferir!
O fato é que a receita dos golpes quase sempre teve e tem os mesmos ingredientes: Insatisfação popular, um caso de corrupção bem escabroso amplificado e turbinado pela mídia familiar e seus interesses oligárquicos, autoridades, juízes, promotores e policiais alçados à categoria de semideuses, grupelhos facistóides insuflando a população contra o comunismo, cuba, a política, etc... e contra tudo-isso-que-está-aí, seja lá o que isso signifique. Sob esta mistura aplica-se o glacê golpista-parlamentar e/ou militar e enfeita-se a coisa com alguma cereja-jurídica de ocasião para dar uma tosca aparência de legalidade e está pronto mais um golpe contra a democracia, com o incondicional beneplácito da elite autocrática brasileira.
Mesmo conservadores como o Jurista Cláudio Lembo, admite que agora na américa latina, o impeachment tornou-se uma versão light para golpes e uma alternativa menos sinistra do que o golpe militar, mas ainda sim GOLPE!
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