segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Batalhas nos morros cariocas

A cada carnificina nas favelas do Rio, México etc, eu fico a pensar sobre ate onde irá a interminável estupidez humana. Por conta de interesses inconfessáveis e o hábito nefasto de cultivar a hipocrisia, o problema das drogas não é tratado de forma minimamente racional como, por exemplo, o jogo, a prostituição, fumo e o álcool -a pior de todas as drogas- e enquanto isso, a matança continua. Diz-se que a economia -mundial- da droga gira em torno de oitenta bilhões de dólares e a chamada guerra às drogas não sai por menos de outros sessenta bilhões de dólares. Segundo o instituto FHC (sim aquele mesmo do ex-presidente FHC), se gasta inutilmente tal é o fracasso desta política. Não precisa ser um gênio pra saber que cento e vinte bilhões de dólares não é dinheiro que se guarda em barracos de favelas. Esta dinheirama está vascularizada no sistema financeiro mundial e tudo indica que é interessante manter uma certa, digamos capilaridade financeira clandestina. Será que não ocorre ao cidadão comum que há uma grande manipulação aí? Que os desdentados das favelas e os PM's adestrados se matando ao vivo na TV são apenas e tão somente efeito colateral indesejado de um vultoso comercio clandestino mundial?
Enquanto o "povo" não desconfiar da grande farsa e exigir uma mudança na forma de tratar o assunto, nada mudará.
É coincidência a oferta de drogas aumentar ano a ano apesar da matança? A quem interessa manter um "PIB" deste tamanho na clandestinidade?
Se para cada cem mortes causada pelo alcool morrem apenas quinze de todas as drogas ilícitas juntas, porque esta satanização? Ao menos para mim esta história é manca.
Está claro que o homem desde os primórdios sempre manteve contato com os mais variados tipos de substâncias psicoativas e o porque de legalizar o cultivo de algumas plantas e demonizar outras, poderia ser só uma excentricidade e/ou hipocrisia, não fosse o tamanho do "PIB" do negócio que segundo o Le Monde Diplomatique é de 600 bilhões de dólares, em seu editorial de setembro, "10 razões para legalizar as drogas" que pode ser lido alternativamente aqui.

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