Saiu no The guardian, um artigo interessante que resenha um livro sobre o trabalho de um lingüista que está a dez anos estudando Munduruku: um grupo indígena de cerca de 7.000 pessoas na Amazônia brasileira, cuja língua não tem tempos verbais, plurais e não há palavras para descrever quantidades acima cinco.
Curioso é que no início do texto o autor nota que o pesquisador Pierre Pica não está lidando muito bem com a noção de tempo e espaço após voltar de sua última estada entre os munduruku, quando perguntado sobre quanto tempo esteve na Amazônia nessa última vez , pois esta capacidade esteve prejudicada ficando tempo demais despreocupado com isso.
A pesquisa é voltada á compreensão neurolingúistica-matemática que nos aproxima - e separa – na representação da realidade, mas um dos detalhes que me chamou atenção foi saber que, quando perguntados sobre a palavra que representaria a quantidade de filhos, no caso seis, os índios não souberam explicar, pois a idéia de quantificar as coisas lhes soam ridículas, nonsense total. O importante para eles é estarem bem cuidados por todos os adultos da sociedade e não ficar contando o que pertence a quem.
Ninguém sabe ao certo, mas o sistema de trabalho das palavras e símbolos para os números surgiu há mais ou menos dez mil anos provavelmente juntamente com a agricultura e o comércio, e foi um instrumento indispensável para a tomada de ações e certificando-se que não seriam roubados... Eu cá com meus botões fiquei pensando se nossa sanha acumuladora e consumista que está esgotando o planeta, começou a tanto tempo ou se é mais recente.
A divagação no entanto é minha apenas pois, o foco do trabalho é etno-linguística e visa desvendar o entendimento matemático inato e o cultural, Linear e logarítmico através de experimentos aritiméticos etc.
Vale a a pena conferir! Para ler a matéria completa clique aqui.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Acho que cinco é suficiente, não é? Para que mais? hahahah
Postar um comentário