domingo, 3 de outubro de 2010

A onda verde

A despeito da legitimidade, o voto em Marina (que possui um altíssimo e pétreo indice de rejeição que anulava a possibilidade de se eleger presidente), foi bonito. Fala sério; Foi comovente só faltou uma rosa na mão e uma frasco do óleo trifásico natura na outra. A onda verde caracterizada pelo o voto romântico e crédulo que o mundo pode e deve ser “cor de rosa” e predominantemente cristão, tem um quê de juvenilidade que seduz a muitos, especialmente os que denomino carinhosamente de “puristas jesuíticos.” Anseiam pela castidade na política e não hesitam em abraçar novas bandeiras salvacionistas esquecendo-se que a solidez democrática pressupõe partidos fortes... Bem como eu ia dizendo, a despeito da gracinha desse voto tão puro e singelo, o que resultou mesmo, do ponto de vista prático, no mundo frio da realidade foi apenas a passagem do candidato da mídia comercial para o segundo turno, com a ajuda desse voto celestial -e providêncial-, mantendo a escrita da "divisão da esquerda" Agora é gramar mais um mês para ver se a gente não dá um passo atrás nos modestos ganhos dos últimos oito anos.

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