quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Jabuti 2010

Interessante abordagem do Le Monde Diplomatique sobre a polêmica em torno do premio Jabutí 2010, que vem dando o que falar e ainda "rendendo..."
Tudo que lí a respeito tinha um clima Fla x Flu. Uma guerra de versões, visões e interesses apaixonados... Agora o Diplô apresenta duas opiniões diferentes com relação ao ocorrido: O curador do premio e um escritor com coragem de criticar ambos os lados

Do Le Monde Diplomatique Brasil

O Jabuti e a validade das premiações literárias

O Prêmio Jabuti 2010 gerou polêmica, foi criticado, elogiado e entrou para os Trending Topics do Twitter. À convite do Le Monde Diplomatique Brasil, duas figuras importantes no cenário literário do Brasil discutiram a questão: José Luiz Goldfarb, curador do prêmio, e o escritor Marcelo Mirisola

Nunca um Prêmio Jabuti havia sido tão comentado. A repercussão do resultado final gerou uma discussão que vai muito além do prêmio em si, pois abarca questões e dúvidas sobre a legitimidade de prêmios literários em geral. Há quem defenda o modelo do Jabuti, vendo nele um importante instrumento para melhorar a literatura brasileira, mas há também quem considere os prêmios como frutos do interesse das grandes editoras. À convite do Le Monde Diplomatique Brasil, duas figuras importantes no cenário literário do Brasil... (continua)

4 comentários:

Indra disse...

Eu acho que são poucos os prêmios que ainda conservam esse ar de respeito à verdadeira obra...o Cannes, o Pulitzer, o Goncourt, o Nobel...sei lá...acho que o Jabuti é igualzinho aos outros Oscares da vida, que cresceram mais do que o próprio significado. Eu nunca li nada do Chico, e não pretendo ler o ganhador desse ano. Também não li o livro do Ednei, se bem que esse sim eu quero ler. Eu fico pensando onde estão os escritores de peso como Agualusa de Angola, Saramago de Portugal, Fuentes do México...Será que estamos atravessando uma crise literária, com total inexpressividade das letras? Vejam o caso do cinema. Está nascendo um cinema que realmente vale a pena nesse século, Burton, Kiarostami, Kar-Wai, Eastwood, Scorcese, Coppola (a filha, não o pai)...enfim, só pensando...

Judith disse...

Eu acho que o Sérgio Machado, se quer discutir o regulamento do Prêmio, amplamente conhecido por todo e qualquer participante inclusive ele e sua enorme editora, deveria fazê-lo no âmbito privado e não se voltar contra um premiado da forma que fez. O prêmio de livro do ano e de melhor ficção, diz o regulamento, são escolhas do Mercado Livreiro e não dos jurados. Se ele discorda desta regra, que ele nunca questionou qdo ganhava, que vá fazer nas instâncias certas. De resto, é só vontade de aparecer. Gostei do artigo do Luiz Scharcz da Companhia das Letras na Ilustríssima no domingo. E, ademais, qualquer campanha que o Reinaldo Azevedo encabece (Chico, devolve o Jabuti????), eu simplesmente desprezo. Arghhh

Ricardo Reis disse...

Olha Judith, corcordo com você achei que o Schwartz foi elegante mesmo. Reinaldo Azevedo não se pode levar em conta mesmo.
E o Edney? Santa ignorância minha, eu nem sabia que ele estava nessa praia!

Indra disse...

Eu também gostei do artigo do Schwartz. Elegantérrimo. Concordo com vcs e acho que o Machado da Record, foi deselegante e chato, agora que o premio não caiu nas suas mãos. Shame on him.