Meu grande amigo Miró, com quem dividi muitos dos melhores momentos da minha vida, faleceu hoje em Recife onde nasceu e viveu a maior parte da sua vida. Ele já não estava bem de saúde há muito tempo e finalizou seu ciclo.
Espirituoso e genial, costurava com as palavras como ninguém, deixa uma literatura singular, muito rica, profunda, crítica, "marginal", espontânea e originalíssima registrada também em alguns documentários e filmes, realizados por Wilson Freire, que era também um quase pai que Miró nunca teve, mais peças encenadas em São Paulo e momentos memoráveis que iluminou a todos que puderam conviver com ele o/ou conhecer seu trabalho.
A biografia que estava bem adiantada pelo escritor e prof. de Literatura Wellington de Melo da Universidade Federal de Pernambuco, -que também era uma espécie de "tutor" do Miró no últimos anos-, não ficou pronta a tempo dele conhecer, mas creio que está quase no prelo.
Última vez que estivemos juntos foi em setembro de 2019 em sua apresentação na Biblioteca Mario de Andrade.
Miró se intitulava como “Alegrista” e é assim que ele gostaria de ser lembrado.
Em breve pretendo organizar com a colaboração de todos os amigos, conhecidos e fãs, um álbum cronológico de fotos aqui desde 1985 até agora.
2 comentários:
MiróPolis...tenho certeza que ele sabia o tamanho da palavra amizade-irmandade. Ele foi construindo isso no decorrer da vida com bastante lirismo e sabedoria. Ele era e sempre será um fazedor de vida coletiva.
Miró era rápido com as palavras, amável, engraçado, espirituoso. Passamos um tempo juntos em sampa, pelas ruas da Vila Madalena fiz uns cliques vibrantes dele. Também no Copan, para um documentário. Foi uma maravilha!
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