quinta-feira, 27 de novembro de 2008
A saga da CNH
Acordei sabendo que tinha que renovar minha Carteira Nacional de Habilitação - CNH. Consultei o site do DETRAN antes de sair e fiquei sabendo que antes de ir até lá eu tinha que, procurar uma clínica autorizada, fazer um exame médico e em seguida procurar um dos centros autorizados para formação de condutores para fazer uma prova. Depois, juntar o resultado do exame médico ao certificado da “prova,” um comprovante de endereço com cópia mais identidade original e também a cópia, CIC original e claro cópia, uma foto 3X 4, e mais a própria CNH, mora? sentiu!? Bom, aí peguei meus documentos todos e saí de casa ao meio dia, peguei o metrô e fui até o CFC mais próximo paguei R$37,00 e ganhei uma apostilinha inhaquenta pra estudar numa salinha escura por meia hora e depois fui encaminhado até outra pra fazer a prova de 30 perguntas, podendo errar seis apenas, passei raspando na trave. Peguei meu diplominha e mais outro metrô e fui fazer o exame médico que custa R$50,00 e dura 2 minutos, tempo suficiente pro Dotô saber que eu não era cegueta. Depois passei numa papelaria para tirar as xerocópias requeridas. Então tomei outro metrô para o DETRAN. Chegando lá, já parei num daqueles lambe-lambes e tirei uma linda foto 3x4. Rumei para o balcão de informações onde uma mocinha me disse que o processo começava no Guichê nº 3 onde já tinha uma fila que ajudei a encorpar. Quando chegou a minha vez um rapazinho conferiu todos os itens exigidos, prendeu tudo com um clipe brilhante capeado por uma senha amarela de nº 1357 e disse para eu aguardar a chamada no saguão que eu juro, parecia à arquibancada do Pacaembu em dia de decisão. Sério tinha uns 40 bancos de madeira daqueles antigos com pés de ferro pra cinco pessoas cada e um painel que ia apitando e mostrando as senhas e respectivos guichês. Bem, depois de gastar toda bateria do celular e fazer aquela varredura básica das bundas mais legais, finalmente o troço apitou e apareceu meu número indicando o nº guichê, que imaginei ser no salão ao lado, onde um senhor muito educado me atendeu. Conferiu tudo, tudinho, digitou meus dados, reteve as xerocópias, devolveu meus originais e colou minha linda foto com uma cola babenta em um formulário que imagino, irá se converter na minha futura CNH. Em seguida me devolveu tudo com mais um clipe brilhante, capeado por um formuláriozinho branco indicando um valor de R$24,55 a ser pago no famigerado banco NOSSA CAIXA NOSSO BANCO, que fica lá mesmo no prédio onde tinha uma fila de uns 25 metros em forma de caracol. Um pesadelo. Nessa altura eu já estava faminto e farejei um cara comendo um crepe na fila atrás de mim (Acho que foi o crepe mais lindo que já vi) quando uma caixa subitamente berrou “próóóximo!” e lá fui eu. Estendi uma nota de cinqüenta (a última buááá!!!) e ela berrou novamente: Paaauulo, trás troco!? Assim que ela arranjou troco, autenticou, anexou o recibo num dos clipes brilhantes e disse agora procure os guichês 18 e 19 e entrega seu processo. Ufa ! fim pensei. Quem dera, tinha mais uma fila me aguardando onde uma das funcionarias esgoelava: “pessoaaal vamo agilizaaar... todo mundo tirando a CNH de dentro do plástico!” Isso porque as mocinhas que recebiam “o processo” precisavam protocolar/carimbar a CNH antiga indicando a data para retirada da nova que aliás, de nova não tem nada. Continua sendo aquele inexplicável pedaço de papel dobrado dentro de um envelope de plástico. Afff ! E pensar que existem lugares no mundo onde há um guichê único (para todo o processo) onde tu apresenta teu documento, faz exame de vista, tira foto, paga etc, tudinho para um único atendente!? E depois disso as renovações futuras seguem pelo correio sem que você mova um dedo... e o documento é um cartão magnético. Olha vou dizer, nosso Brasil não é fácil não. Cheguei em casa quase 06h00min horas da tarde e nem comi o crepe, pô.
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Um comentário:
Ave María Purísima, como dirian los cubanos!
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