domingo, 8 de junho de 2008

A tática dos BRIC

Ótimo texto do Celso Amorim, na Folha de hoje, explicando o papel diplomático dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) no cenário diplomático internacional (clique aqui).

...Há consenso entre os Brics de que é fundamental levar a bom termo um processo abrangente de reforma da ONU, de modo a mantê-la no centro da ordem mundial que desejamos. Postergar indefinidamente a reforma, inclusive a do Conselho de Segurança, agravará o risco de erosão de sua autoridade.

...OS BRICS estão na moda. A sigla, criada por analistas financeiros, estava associada sobretudo ao impacto que o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China tem -e terá cada vez mais- na economia global. Com quase metade da população mundial, 20% da superfície terrestre, recursos naturais abundantes e economias diversificadas em ritmo sustentado de crescimento, era natural que fossem considerados grupo de indiscutível peso econômico, equivalente hoje a 15% do PIB mundial.

...As Nações Unidas são o único espaço político que incorpora todos os diferentes sistemas de valores. Há consenso entre os Brics de que é fundamental levar a bom termo um processo abrangente de reforma da ONU, de modo a mantê-la no centro da ordem mundial que desejamos. Postergar indefinidamente a reforma, inclusive a do Conselho de Segurança, agravará o risco de erosão de sua autoridade.

Um comentário:

Judith disse...

Também gostei muito deste artigo do Celso Amorim. Faz todo sentido esta cooperação entre os satélites. Vamos ver o que sai, de concreto e o quanto o G8 vai assitir a este novo bloco que se forma de camorote. Ah, te mandei, by email, um artigo da semana passada no Der Spiegel sobre Dick Cheney. Alma lavada.