sexta-feira, 13 de junho de 2008

Em busca dos ETs

Quem faz aniversário hoje é a sonda Pioneer 10 que foi lançada em 13 de junho de 1983, época em que eu vi pela primeira vez um computador (num banco francês que parecia um guarda roupas de casal) e eu ainda não gastava tempo e energia com sondas e perguntas sobre a imensidão...
A Pionner partiu em busca de seres de outros mundos para entregar a eles uma mensagem do homem que habita a terra e levou, uma placa de ouro que descreve o Homem, nossa aparência, a localização da terra e a data em que a missão começou.
Por ter sido idealizada para viajar “eternamente” para fora do sistema solar, a Pioneer 10 não é movida por energia solar e sim por calor decorrente da desintegração de radioisótopo, sistema que foi decaindo até cessar as transmissões de dados para a terra. O último contato foi em 2003 quando ela já estava a mais de 12000 bilhões de quilômetros da Terra, além do cinturão de asteróides, de Júpiter e de Plutão. Algo como 85 vezes a distância entre o sol e a terra.
De acordo com os engenheiros da NASA, a Pioneer vai continuar silenciosamente a sua jornada como um navio fantasma rumo ao desconhecido e daqui a dois milhões de anos ela chegará ao centro da constelação de touro que fica a 68 anos-luz, daqui. Talvez até lá a saudação aos povos extraterrestres idealizada por Carl Sagan seja encontrada por alguém, heim ?
Mas não é só isso. Esta que foi uma das mais bem sucedidas missões exploratórias da NASA. Foi a primeira nave espacial que fez observações e transmitiu imagens em primeiro plano de Júpiter e informações sobre seus campos magnéticos e constatou que Júpiter era gasoso.
Feliz Aniversário e boa viagem, Phoenix !
Fonte: http://search.nasa.gov/search/search.jsp?nasaInclude=pioneer+10

Um comentário:

jucupini disse...

O Seagan, além de cientista pode-se nomeá-lo um artista "virtual". Esta idéia de uma missão que não pontua um término, que tem um propósito incrivelmente emblemático e transgredor- isto parece uma performance objeto-científica, onde a ação se dá no tempo e nela se perde. Ludicamente passamos por uma experiência destas ao escrever uma mensagem num papel e o confinando numa garrafa. Quando lançada ao mar, estamos criando um método, um código e uma sentença de total e esplendorosa dúvida. Foi em 1997 o último sinal? Este sentimento de ruptura entretanto, acarreta um incômodo menor que nossos ritos de funeral. Mas se idéia da morte prevalece sobre a missão, dada como cumprida, Onde jazz a Pioneer??? Triunfando no espaço, no imaginário, onde nenhum humanóide foi e muito provavelmente nunca vá. Perdemos o controle sobre nosso brinquedinho espacial, este sentimento se sobrepõe e a desordem é sem limites. No control...(doubt will tear us apart)