terça-feira, 18 de novembro de 2008

E o Nobel de economia vai para...

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A charge ao lado, publicada originalmente na Suíça em outubro, mostra uma "senhora Jones" recebendo o Nobel de Economia da Real Academia Sueca de Ciências. O feito genial da dona-de-casa? Ter colocado seu dinheiro debaixo do colchão – no caso, o cofre de porquinho, um investimento que se revelou adequadamente seguro em tempos de crise. Na semana passada, o congelamento do fundo de investimento Platinum Grove Asset Management, administrado por Myron Scholes, prêmio Nobel de Economia de 1997, deu à charge um sinistro toque de humor negro. O último fundo de investimentos administrado por Scholes, o Platinum, suspendeu os saques de clientes após acumular perdas de 38% em suas complexas operações de derivativos – apostas simultâneas em vários índices, como os das bolsas de valores, dos juros ou das taxas de câmbio. O congelamento, uma medida extrema, é apenas temporário, até os mercados se recuperarem. Scholes não é estranho ao mundo dos complexos investimentos financeiros. Ele recebeu o Nobel por desenvolver um modelo que, ao incorporar volatilidade constante dos mercados, prometia reduzir o perigo das operações com derivativos. É o segundo tropeço de Scholes. Ele e Robert Merton, também ganhador do Prêmio Nobel, eram as mentes por trás do Long Term Capital Management (LTCM), o fundo de derivativos que derreteu depois da crise da Rússia e só não quebrou porque o Federal Reserve, com receio de uma crise sistêmica, passou o pires no mercado e recolheu 3,5 bilhões de dólares para salvá-lo. Scholes confiava cegamente em seus modelos estatísticos e, certa vez, disse ter chegado a um derivativo "à prova de bomba nuclear". Melhor dar o prêmio para a senhora Jones.
Fonte: Judith's Facebook

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