terça-feira, 20 de maio de 2008

Domo de Araguainha - A maior cratera do Brasil

A bióloga Sinara Morais de Barra do Garças me escreveu sobre o domo de araguainha que está sendo devastado e finalmente o Ibama parece que vai propor que a região torne-se área de proteção ambiental. Neste lugar, a aproximadamente 250 milhões de anos um meteoro de quatro kilômetros de diâmetro se chocou com a terra abrindo 17ª maior cratera do mundo na região que atualmente fica na fronteira de Goiás e Mato Grosso. Seu impacto teve a potência equivalente à de 28 milhões de bombas nucleares semelhantes à de Hiroshima.
O choque teria ocorrido no limite entre os Períodos Permiano e Triássico -quando houve a maior extinção em massa da história, com 70% das espécies terrestres extintas- e pode ajudar a entendê-la. Segundo Yára Marangoni, do Instituto Astronômico e Geofísico da USP e estudiosa do domo, esse meteorito não tinha tamanho suficiente para ser o único causador da extinção, mas pode ter contribuído para que ela ocorresse e certamente ele teve potência para afetar grande parte da vida na América do Sul", afirma Marangoni.
Nesse momento o Domo do Araguainha - patrimônio natural - está ameaçado pela exploração inadequada e predatória da região e o Ibama está tentando proteger a área que abrange três municípios; Mineiros, Ponte Branca e Araguainha pois é uma área muito relevante para a preservação do cerrado e com grande potencial para o ecoturismo e o turismo científico, além de um campo de pesquisas para ciência. Apesar disso, a idéia não conta com muita simpatia da população que se beneficia da venda de carvão oriunda do desmatamento e outras atividades predatórias nas áreas da cratera. Para se ter uma idéia a cratera mede 40 kilômetros de diâmetro e só pode ser percebida de avião e em seu interior estão 2 municípios.
Moradores temem a “perda econômica” com a possível decretação de áreas de conservação. Curioso ainda é verificar que a grande maioria da população não crê que tenha de fato caído um meteoro ali. O assunto foi abordado pela Folha Ciência (só para assinantes) recentemente e pode ser consultado no Google Docs onde tem uma ilustração clique aqui mostrando como tudo aconteceu

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