quarta-feira, 18 de junho de 2008
Divagações: Armas nucleares, tornozelos femininos e a insanidade geral.
Vejo na BBC que o Governo Irã aperta as regras e aumenta a pressão da polícia contra cidadãos com aspecto ocidental, prendendo cabeleireiros “moderninhos,” blogueiros, artistas, mulheres com cabelo e tornozelo a mostra, etc... e tudo que não case com a lei islâmica, como forma de provocar o ocidente pelas sanções econômicas adotadas recentemente. Estas sanções destinam-se a desencorajar o projeto nuclear daquele país. Daí me pus a pensar sobre que autoridade tem uns de exigir de outros, o contrário daquilo que fazem? Qual o peso da ética na Geopolítica mundial ? Alem dos USA, Rússia, Paquistão, Índia, China, França, Inglaterra e Israel Suspeita-se que a Coréia norte esteja quase lá e o Irã deve ter a sua bomba atômica até 2009. Não deixa de ser curioso que os países que devem garantir a paz no mundo, (os cinco com poder de veto no conselho de segurança da ONU) tenham a Bomba. Olhando assim, de longe nada a opor que qualquer país busque se armar e adquirir respeitabilidade, certo? Do ponto de vista prático e dentro desta "lógica" canhestra, parece legítimo. Entretanto não basta somente dominar a tecnologia do ciclo da destruição. É preciso possuir meios de transportá-la, ou seja, veículos lançadores. Os USA, Rússia e china possuem mísseis intercontinentais e podem se destruir mutuamente (em média) a partir de 23 minutos do disparo. Já a França e Inglaterra, utilizam-se de submarinos dotados de ogivas nucleares espalhados pelo globo de onde também podem apertar o botão. Índia e Paquistão possuem apenas mísseis de médio alcance (2500Km no máximo) suficientes para eles se matarem também. E finalmente Israel, que é um caso a parte: Faz mistério se possui a bomba, sua potência e qual o alcance do veículo lançador, mas é tido como certo, que possuem as mesmas capacidades que a China, USA e Rússia. Seriam essas capacidades -segundo muitos-, a principal garantia de sua existência e sobrevivência até hoje. Então como eu dizia, estava lendo sobre as sanções econômicas contra o Irã, devido a sua insistência em construir sua bomba e acabei por pausar e pesquisar sobre o assunto e chegar a uma conclusão sobre se outros paises tem ou não tem esse obscuro direito, incluindo o Brasil. Concluí que isso não faz diferença geopoliticamente falando. Basta comparar as situações de Coreia e Irã. A coréia é protegida da China por razões varias e o Irã ? O Irã apesar de contar com o "corpo mole" da china, está fora da área de influência dela. O Irã dos aiatolás afirma quase que diariamente que pretende varrer Israel do mapa desde sempre e os dois países estão muito próximos. Especialistas afirmam que Israel é um país de uma bomba só devido ao tamanho de seu território e eles não vão ficar esperando o efeito das sanções econômicas que, aliás, vem sendo desdenhadas pelo presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Descortina-se aí a possibilidade de um ataque preventivo semelhante ao que Israel despejou sobre as instalações nucleares de Sadam Hussein nos anos 80. Bem, mas o Irã não é o Iraque e os USA tradicional aliado de Israel, já se encontra atolado numa guerra impopular. Além disso, nada indica que o Irã irá usar a bomba contra Israel e desejaria apenas prestígio e força na região na opinião de alguns. Israel, porém não estaria disposto a pagar para ver porque na opinião dos estrategistas israelenses o simples fato do Irã conseguir a Bomba, já seria o suficiente para fazer ruir o sonho sionista uma vez que a elite intelectual e econômica abandonaria o país levando à sua ruína. Por esse raciocínio, Israel vai segundo analistas, dar mais “um tempo” até ficar claro que todas as negociações fracassaram para então atacar as instalações nucleares do Irã que, claro, vai reagir. Sabe-se lá o inferno de revides que virão. Na estratégia de Israel, a oportunidade será enquanto Bush jr, ainda estiver no poder. Na visão de Dani Yatom (que foi consultor militar do ex-primeiro ministro Yitzhak Rabin e chefe do Mossad), mesmo os USA não atacando diretamente, Bush apoiaria Israel. Já com Obama no poder, não se saberia até onde iria o envolvimento dos USA. Pelo jeito, teremos mais um conflito em breve.
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