No ano de 2000, o índice de rejeição a imigrantes na Espanha era de 10%. A última pesquisa revela que, nos primeiros meses de 2008, um terço dos espanhóis (30%) confessou ser xenófobo em ao menos alguma resposta e hoje o Parlamento europeu aprovou lei que facilita expulsão de imigrantes embora a maioria dos partidos de centro e esquerda tenham ficado contra.
Grupos progressistas sequer conseguiram emplacar emendas como a que propunha reduzir o tempo máximo de detenção de imigrantes ilegais que foi fixado em seis meses podendo chegar a um ano e meio em casos excepcionais.
A Comissão Européia, o órgão Executivo da UE e responsável pela proposta, defende que a detenção será utilizada apenas como último recurso caso o imigrante descoberto em situação ilegal se recuse a deixar voluntariamente o território europeu dentro de um mês.
A diretiva também permite a expulsão de menores de idade desacompanhados e proíbe que os deportados voltem a entrar em qualquer país do bloco durante os cinco anos seguintes à expulsão.
As novas leis, que afetarão a vida de cerca de oito milhões de ilegais residentes atualmente na UE, são criticadas por instituições defensoras dos direitos humanos, como o Conselho da Europa e a Anistia Internacional, que a apelidaram de "diretiva da vergonha ", em referência ao que consideram um tratamento "desumano" destinado aos imigrantes.
A questão é que mudaram os tempos e as formas de exploração do homem pelo homem se sofisticaram. Já não dá para lotar um navio de gente e levar para trabalhar em baixo da chibata então em tempos modernos a exploração se travestiu das formas mais variadas e uma delas é a imigração.
Houvesse interesse em fazer diferente, as economias prósperas, gerariam empregos nos lugares onde abundam mão de obra, mas por enquanto, é só discurso, afinal a mão de obra clandestina tem muitas vantagens como alías acontece com tudo que é economicamente declarado clandestino. Mercado negro oferta de tudo em qualquer tempo e lugar. A lógica do capital e do lucro custe o que custar não comporta mesuras. Precisando diminuir o lastro, “clandestinos ao mar!”
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Um comentário:
Qué huevos tienen los europeos! Isso, eu precisava falar em espanhol. Eu acho um absurdo essa questão dos imigrantes. Eu, como uma das milhões de expats, não sinto que estou tirando emprego de ninguém, não estou roubando marido de ninguém e não estou fazendo nada de mais a não ser tentando uma nova vida num lugar que, por acaso, não é o lugar onde nasci. Claro, não estou nas condições subhumanas dos africanos que tentam entrar clandestinamente na Espanha ou dos bolivianos que ainda são mão escrava nas confecções paulistas. Mas o anhelo é o mesmo. Tentar uma vida melhor, mais digna, uma família sem problemas, um mundo que nos aceite. Na Espanha, onde as leis de imigração e os próprios espanhóis estão cada vez mais duras, parece que todos esqueceram que lá pelos anos 1492 um grupo deles veio aqui matar, violentar, acabar com a nossa cultura, explotar, escravizar e catequizar o nosso povo. Ainda não havia nem internet, nem tv, nem cabo, mas aconteceu! Ninguém pode dizer que foi tudo inventado.
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